<p>Por favor, olhem o mapa de Porto Alegre e comparem com qualquer outra cidade grande do mundo, especificamente nesses critérios:</p>
<p>1. Número de vias tertiary, em relação ao número total de vias.</p>
<p>2. Presença de vias secondary ou tertiary não ligadas ao restante do mapa por vias de igual ou maior importância.</p>
<p>Se a maioria dos usuários achar que Porto Alegre está mapeada de forma semelhante às demais cidades, segundo esses critérios, eu não digo mais nada.</p>
<p>Alguém além de mim vê alguma coisa estranha em Porto Alegre ou sou eu que estou vendo coisas?</p>
<div class="gmail_quote">Em 23/08/2013 21:19, "Fernando Trebien" <<a href="mailto:fernando.trebien@gmail.com">fernando.trebien@gmail.com</a>> escreveu:<br type="attribution"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
No fim eu não respondi diretamente à sua pergunta, Felipe. Mas a<br>
diferença entre secondary e tertiary (no fluxograma de classificação)<br>
é que secondary é preferencial sobre tertiary. Só isso. Na prática,<br>
varia por país. A descrição no wiki em inglês é um tanto vaga, e mais<br>
fácil de interpretar fora das cidades. No Brasil, depende de a pessoa<br>
querer seguir o fluxograma (que já discutimos em conjunto, criticamos,<br>
melhoramos, aparamos as arestas) ou querer seguir o seu coração<br>
cantando a mesma canção. :P<br>
<br>
Se vocês querem trazer esse assunto à tona, sugiro criar um post no<br>
fórum para tratar da melhor forma de definir essas diferenças, daí só<br>
os interessados participam da discussão (quem está nesta lista, a<br>
princípio, ou não se importa, ou já deu a sua manifestação contrária<br>
sem propor critérios altenativos, ou acha ok o fluxograma dada a forma<br>
com que é apresentado: permitindo divergências do método mas<br>
explicando-as com a tag note). Se quiserem, podem fazer um fluxograma<br>
alternativo com expressões mais "vagas", mas eu acho que logo vocês<br>
vão estar se deparando com guerras de edição com usuários que<br>
interpretam essas definições "vagas" de formas diferentes. Ou talvez<br>
pior, vocês vão os estar "espantando" porque, afinal, só vocês<br>
usuários experientes sabem o que é primary e secondary, porque não<br>
está escrito em lugar nenhum como se decide uma coisa ou outra, ou<br>
quem decide, e muito menos por que se decide assim. Me parece muito<br>
injusto criticar um usuário que mudou a classificação sem apontar um<br>
critério claro e sem respaldo em decisões democráticas tomadas pela<br>
comunidade.<br>
<br>
Pensem, se é pra classificar por "importância" (sem especificar mais),<br>
então "as ruas onde eu moro e onde eu trabalho têm que ser primary,<br>
porque são muito, muito importantes pra mim". ;D Não vislumbram<br>
discussões desse cunho no futuro? Ok, talvez seja algo mais do tipo<br>
"Esta via é importante porque há 200 anos morava o fundador da<br>
associação XYZ". É um critério de "importância" logicamente válido, se<br>
nada mais estiver decidido sobre o que é "importância no OSM". A<br>
comunidade internacional está transbordando com casos assim (e os<br>
motivos são diversos, depende inteiramente da personalidade do<br>
indivíduo). Lembrem que o OSM é livre e qualquer um - qualquer um -<br>
pode editar e mudar qualquer coisa, inclusive classificações (que são<br>
as mais tentadoras - afinal, "eu gosto mais de branco do que de<br>
amarelo"). Se for pra discutir com cada usuário que decidir mudar uma<br>
classificação, é bom ter argumentos sólidos e claros, e não ter "dois<br>
pesos e duas medidas", ou seja, regras que variam caso-a-caso, ou um<br>
grande número de casos distintos. Pensem sobre isso e me digam se têm<br>
um critério melhor que ajuda a reduzir o número desses casos. Pensem<br>
também como vocês explicariam para um leigo, talvez para um idoso, o<br>
que significam as coisas que ele vê no mapa. Com esse critério de<br>
preferência, a pessoa consegue calcular rotas rápidas sem nem precisar<br>
de um navegador GPS, e de cara fica sabendo quais trechos das ruas<br>
tendem a ser evitados pelos motoristas (porque não são rápidos). Além<br>
do critério ser simples, não deixar dúvidas, e assim não gerar quase<br>
nenhuma disputa ou caso particular que mereça discussão, as<br>
implicações da sua informação são muito úteis (para motoristas, para<br>
pedestres, para ciclistas, para planejamento urbano, para turistas,<br>
etc.). Bom pro usuário, e bom pra nós que temos que monitorar o mapa.<br>
<br>
2013/8/23 Fernando Trebien <<a href="mailto:fernando.trebien@gmail.com">fernando.trebien@gmail.com</a>>:<br>
> Se alguém quiser reler a discussão na comunidade brasileira desde o<br>
> começo, eis o link da primeira das mais de 150 mensagens (pode-se<br>
> navegar por elas no final da página):<br>
> <a href="http://www.mail-archive.com/talk-br@openstreetmap.org/msg03108.html" target="_blank">http://www.mail-archive.com/talk-br@openstreetmap.org/msg03108.html</a><br>
><br>
> Defina "escoamento do bairro" e eu começarei a achar que é "objetivo".<br>
> Pra mim, todas as vias servem para escoamento de um lugar para outro.<br>
><br>
> A idéia original de que as vias formam uma sequência de preferência de<br>
> tráfego (motorways têm prefência sobre trunks, que têm preferência<br>
> sobre primaries, que têm preferência sobre secondaries, etc.) está<br>
> esboçada nesse texto antigo do wiki:<br>
> <a href="http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a#Classifica.C3.A7.C3.A3o_de_vias_.28obsoleto.2C_substitu.C3.ADdo_pelo_fluxograma.29" target="_blank">http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a#Classifica.C3.A7.C3.A3o_de_vias_.28obsoleto.2C_substitu.C3.ADdo_pelo_fluxograma.29</a><br>

><br>
> Que foi inspirada em discussões da comunidade internacional, cujos<br>
> links eu não guardei (não achei que seria necessário, agora vejo que<br>
> devia).<br>
><br>
> Preferencial (ou prioritária, como costumam chamar em inglês) é a via<br>
> que tem preferência de passagem. Essa via é identificada pela presença<br>
> de placas-pare nas suas transversais. É um termo de uso corrente e<br>
> comum. Se você chegar num cruzamento e estiver "na preferencial", não<br>
> precisa parar. Caso contrário, precisa. Parar no cruzamento afeta a<br>
> velocidade média sobre a via (a "facilidade" de passar por ela), e<br>
> também serve de "evidência" para a tão-subjetiva e indefinida<br>
> "importância".<br>
><br>
> Em ruas maiores, o conceito de "preferência" evolui para o de<br>
> "controle", ou seja, as placas-pare são substituídas por semáforos. E<br>
> nas vias mais importantes (motorways), elas são eliminadas e<br>
> substituídas por passagens suspensas, para dar vazão ao tráfego.<br>
> Sugiro que estudem um pouco de engenharia de tráfego, tem uns links<br>
> interessantes que eu deixei nos artigos do wiki que eu já citei. A<br>
> organização do sistema de trânsito é hierárquica, é essa hierarquia<br>
> que queremos capturar ao classificar as vias, pois ela tem forte<br>
> impacto em definir quais são os caminhos mais bem mantidos e<br>
> acessíveis, mais rápidos, mais populares, etc. Em suma, os mais<br>
> "importantes" de uma forma genérica e abstrata.<br>
><br>
> Quanto à ligação entre bairros, acho esse um critério estranho. Se o<br>
> bairro for pequeno, quase todas as suas vias serão de ligação com<br>
> bairros vizinhos. Se for grande, quase nenhuma. Tamanho e limites de<br>
> bairro não têm nada a ver com importância de vias (e sim com política<br>
> provinciana :P); como discutimos, estrutura da via tem mais a ver<br>
> (pois estrutura reflete capacidade de fluxo, e essa capacidade<br>
> "costuma" estar dimensionada ao tráfego esperado). Nas cidades a<br>
> estrutura reflete mais história do que uso, então nas cidades a<br>
> preferência é uma evidência mais clara da importância (afinal, é uma<br>
> decisão tomada pelo planejamento urbano após analisar os padrões de<br>
> tráfego). Ideal mesmo seria ter acesso aos dados do planejamento<br>
> urbano da prefeitura, mas acho que isso é quase impossível conseguir -<br>
> e pior, manter atualizado.<br>
><br>
> Além disso, não pensem que determinar quais vias são "arteriais" foi<br>
> inspiração divina minha :P. Quando eu cheguei no OSM, metade das<br>
> atuais primárias em Porto Alegre (incluindo trechos da mais<br>
> importante, a Avenida Ipiranga) estava marcada como secundária ou<br>
> terciária, refletindo o descuido da comunidade local com essas<br>
> definições. Há uma lista de avenidas importantes de Porto Alegre na<br>
> Wikipédia, me baseei nela. Sei que essa lista tem publicação oficial<br>
> em algum outro lugar (talvez mais completa e atualizada), e que<br>
> provavelmente é a única informação útil (para classificação de vias)<br>
> tipicamente publicada por prefeituras. Se souberem de algo além disso,<br>
> me avisem.<br>
><br>
> 2013/8/23 Felipe G. Nievinski <<a href="mailto:fgnievinski@gmail.com">fgnievinski@gmail.com</a>>:<br>
>> Trebien, dei uma olhada na discussão<br>
>> e não encontrei algo dedicado a esse<br>
>> problema (secondary vs. tertiary)...<br>
>> Você poderia apontar para a mensagem<br>
>> específica?<br>
>><br>
>> Eu concordo que o quadrado cinza<br>
>> no final do diagrama precisa ser<br>
>> esclarecido.  O critério indicado,<br>
>> atualmente "preferencial", é vago<br>
>> -- a ponto deu ser incapaz de usá-<br>
>> lo se tentasse aplicá-lo.<br>
>><br>
>> O critério sugerido pelo Flavio é<br>
>> mais objetivo: baseia-se na função<br>
>> da via:<br>
>> - secondary: "ligação entre bairros"<br>
>> - tertiary: "escoamento do bairro"<br>
>> É um bom começo, mas precisa ser<br>
>> refinado.<br>
>><br>
>> Flavio, será que você poderia dar<br>
>> alguns exemplos no OSM de ruas que<br>
>> mereceriam ser re-classificadas?<br>
>> Acho que assim daria para derivar<br>
>> uma regra geral.<br>
>><br>
>> -F.<br>
>><br>
>><br>
>> _______________________________________________<br>
>> Talk-br mailing list<br>
>> <a href="mailto:Talk-br@openstreetmap.org">Talk-br@openstreetmap.org</a><br>
>> <a href="http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br" target="_blank">http://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br</a><br>
>><br>
><br>
><br>
><br>
> --<br>
> Fernando Trebien<br>
> +55 (51) 9962-5409<br>
><br>
> "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)<br>
> "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)<br>
<br>
<br>
<br>
--<br>
Fernando Trebien<br>
+55 (51) 9962-5409<br>
<br>
"The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)<br>
"The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)<br>
<br>
_______________________________________________<br>
Talk-br mailing list<br>
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