<div dir="ltr">E quanto a highway=service?  No Tracksource, no mapa do Rio, há as tais ruas de serviço, ruas bem estreitas (ainda com boas calçadas) com velocidade bem reduzida, que eu classificaria como service.</div><div class="gmail_extra">
<br><br><div class="gmail_quote">Em 6 de janeiro de 2014 21:18, Fernando Trebien <span dir="ltr"><<a href="mailto:fernando.trebien@gmail.com" target="_blank">fernando.trebien@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Augusto, vamos por partes. Acredito que você está se baseando<br>
essencialmente naquilo que você vê no mapa de Porto Alegre hoje. Em<br>
outros lugares do Brasil, não vi pessoas adotando essa definição de<br>
living street, e portanto, ainda está aberto para discussão.<br>
<br>
A definição de living street é de ruas em que os pedestres têm o<br>
direito legal de trafegar na pista a qualquer momento, onde os carros<br>
têm menos preferência que os pedestres e precisam parar para eles. A<br>
rigor, living streets não existem no Brasil, então, a rigor, elas não<br>
poderiam ser usadas em lugar nenhum por aqui.<br>
<br>
Mas living streets podem ser úteis pra representar algo similar ao<br>
conceito original. A idéia é que as living streets serviriam como uma<br>
espécie de "alerta" ao motorista, não de "região pobre" ou de "região<br>
perigosa" e sim de "via com pedestres na pista" (por qualquer razão<br>
que fosse). Ao contrário do que você disse, nas últimas discussões<br>
aqui na lista, o critério da largura foi o que despertou mais críticas<br>
(mas eu ainda acho ele bastante interessante) e o do compartilhamento<br>
da pista entre pedestres e veículos foi o que despertou mais<br>
interesse. Tal compartilhamento acontece em algumas situações, e uma<br>
delas é dentro dos aglomerados, onde normalmente faltam calçadas<br>
largas o suficiente para que dois pedestres andem lado a lado, sendo<br>
assim obrigados a andar na pista. Faz pouco tempo que me dei conta que<br>
esse critério (o de falta de calçadas) pode ser mais útil do que algo<br>
vago como "pedestres dividem espaço com os carros", pois é um critério<br>
mais mensurável. Atualmente, a constatação de que algo é living street<br>
não se dá nem pelo Street View oficialmente, a princípio a melhor<br>
fonte seria a opinião de um morador local ou de alguém que trafega<br>
frequentemente pela via. Não havendo tal opinião, não se classifica<br>
assim. Havendo, se registra na tag note.<br>
<br>
Sem poder considerar inteiramente esse último critério, foram os<br>
outros motivos que me levaram a marcar as vias dentro dos aglomerados<br>
em Porto Alegre como living streets. É bem provável que algum<br>
refinamento seja necessário ainda. Já o último critério eu usei para<br>
as ruas do centro; note que essas ruas não estão numa região menos<br>
favorecida, pelo contrário: ali o que existe é o hábito de os<br>
pedestres não respeitarem os carros, de simplesmente atravessarem na<br>
sua frente sem esperar. Um motorista que passar por lá sem saber disso<br>
(ex.: um turista) acaba tendo mais chance de se envolver num acidente,<br>
sem falar que a passagem seria mais demorada.<br>
<br>
Existe uma tag proposta há 7 anos atrás e que nunca foi votada que<br>
serve para demarcar "perigos", mas li numa discussão que não seria<br>
para questões de segurança pessoal:<br>
<a href="http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Proposed_features/hazard" target="_blank">http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Proposed_features/hazard</a><br>
<br>
Se o roteador que você está usando for o OSRM, eis uma rota que passa<br>
pela Barão do Amazonas, mostrando que o roteador continua levando-a em<br>
consideração para o cálculo (living street não é fechada para carros):<br>
<a href="http://osrm.at/63a" target="_blank">http://osrm.at/63a</a><br>
<br>
Devemos classificar sem pensar nas aplicações, mas só pra<br>
exemplificar, o OSRM me diz que essa rota leva 15 minutos, em<br>
comparação com a rota principal que leva 14. Ela é 300m mais curta,<br>
mas mais demorada. O trecho como living street tem pouco mais de 100m<br>
de extensão. Duvido muito que mudar sua classificação alteraria a<br>
rota. Outro roteador poderia rotear por living streets por atribuir um<br>
peso diferente a elas. Algo que faria o OSRM adotar essa rota seria<br>
completar os semáforos da Avenida Bento Gonçalves; hoje, o OSRM pensa<br>
que dá pra passar livremente ao longo de toda a avenida, e por isso<br>
ele pensa que é mais rápido essa rota e não a que você prefere.<br>
<br>
Eu discordo que uma via deva ter a mesma classificação em toda a sua<br>
extensão sempre. Isso faria o final da Avenida Ipiranga ser primária,<br>
mas é um trecho bem pouco importante, com pouco tráfego:<br>
<a href="http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.06575/-51.14768" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.06575/-51.14768</a><br>
<br>
O mesmo problema aconteceria no fim da Avenida Otto Niemeyer:<br>
<a href="http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.11010/-51.25349" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.11010/-51.25349</a><br>
<br>
Quando o pessoal criticou a classificação das terciárias, eu propus<br>
outro método que não tive tempo de aplicar ainda (talvez você possa me<br>
ajudar). Eis a proposta com um exemplo do que seria o resultado no<br>
bairro Menino Deus:<br>
<a href="https://lists.openstreetmap.org/pipermail/talk-br/2013-August/004069.html" target="_blank">https://lists.openstreetmap.org/pipermail/talk-br/2013-August/004069.html</a><br>
<br>
Por essa nova classificação, o problema que você citou (de haver<br>
mudanças de classificação no meio da via) não existiria, nem os dois<br>
problemas que eu apontei na sua proposta (no final da Avenida Ipiranga<br>
e no final da Avenida Otto Niemeyer).<br>
<br>
Peço que, se você for reclassificar as vias em Porto Alegre, que<br>
adicione as placas-pare em cada esquina seguindo a representação atual<br>
das preferências, pra que essa informação não seja perdida para uma<br>
futura reclassificação. Outra coisa é que, ao decidir a preferência ao<br>
redor de semáforos, teríamos que medir as temporizações. Eu já fiz<br>
isso no bairro Menino Deus e guardei a informação na tag "note" dos<br>
semáforos, mas seria necessário fazer em outros lugares também.<br>
<br>
2014/1/6 Augusto Stoffel <<a href="mailto:arstoffel@yahoo.com.br">arstoffel@yahoo.com.br</a>>:<br>
<div class="HOEnZb"><div class="h5">> O atual sistema de classificação de vias permite o uso da tag<br>
> "highway=living_street" em dois casos: primeiro, através de um<br>
> critério objetivo baseado na largura da via, e, segundo, através de um<br>
> critério subjetivo, a saber, a presença de pedestres na rua.  Eu estou<br>
> de pleno acordo com o primeiro critério, cujo efeito prático é a<br>
> rotulação de becos em aglomerações espontâneas como living street.<br>
><br>
> Porém, eu não estou muito satisfeito com o segundo critério.  O<br>
> principal efeito prático desse segundo critério é a possibilidade de<br>
> marcar como living street qualquer via que contorne ou atravesse um<br>
> aglomerado subnormal, ou qualquer outra região da cidade que o<br>
> mapeador julgue perigosa, desaconselhável, ou desagradável.  Não vou<br>
> tentar escrever uma dissertação coerente sobre o tema, mas vou<br>
> mencionar rapidamente alguns pontos que me desagradam.<br>
><br>
> * Imparcialidade/transparência: Quem somos nós (mapeadores do OSM)<br>
>   para decidir quais ruas são perigosas, desaconselháveis ou<br>
>   (in)dignas dos nossos usuários?  Nós temos muito menos potencial de<br>
>   fazer isso "bem feito" que as companhias big data, e por outro lado<br>
>   o OSM pode vir a ser, em breve, a única ferramenta a mostrar nossas<br>
>   cidades de forma imparcial e transparente -- em [1] há um artigo<br>
>   muito interessante sobre isso.  Assim eu acho que nós devemos<br>
>   excluir dos nossos mapas qualquer tentativa de indicar se uma área é<br>
>   gueto ou não, com as vantagens e desvantagens que isso possui.<br>
><br>
> * Roteamento: Uma das razões para marcar certas vias como<br>
>   contraindicadas seria melhorar o roteamento.  Eu não gosto dos<br>
>   resultados, na prática.  Por exemplo, o trajeto que eu costumava<br>
>   fazer do Campus do Vale da UFRGS até o (defunto) Estádio Olímpico<br>
>   incluía tomar a Barão do Amazonas, Caldre Fião, Oscar Schneider, etc<br>
>   [2].  Esse é provavelmente o caminho ótimo para quem prefere vias<br>
>   secundárias; e talvez seja melhor que o caminho canônico (que<br>
>   seguiria pela Bento Gonçalves até a Azenha) até mesmo para quem<br>
>   prefere vias principais.  No entanto, foi decidido que a Barão do<br>
>   Amazonas é uma rua indigna, e o roteador nunca descobrirá esse<br>
>   caminho, mesmo operando em um modo que prefere vias secundárias.<br>
><br>
>   Outro exemplo em que eu acho a situação um pouco exagerada é este<br>
>   trecho da Avenida Jacuí [3], que muda de secondary para living<br>
>   street porque se aproxima de uma vila.  Não vejo razão alguma para o<br>
>   roteador evitar esta rua.<br>
><br>
> * Verificabilidade: exceto pela existência de sinalização alertando<br>
>   para pedestres/crianças na via (coisa não muito comum), a única<br>
>   forma prática de constatar e verificar a existência de pedestres na<br>
>   via parece ser usando o Google Street View.<br>
><br>
> Em suma, eu preferiria remover o caso "pedestres na via regularmente"<br>
> do diagrama de classificação de vias, e usar living street<br>
> exclusivamente para vias residenciais que comportam no máximo um<br>
> automóvel.<br>
><br>
> PS: Eu não expressei minha opinião a respeito da polêmica anterior<br>
> sobre o excesso de tertiary em Porto Alegre / promoção por preferência<br>
> porque na época eu recém tinha começado a pensar no OSM.  Aqui vai um<br>
> breve comentário.  Eu concordo com a filosofia da promoção por<br>
> preferência; o que eu acho que está dando errado é a classificação de<br>
> uma rua mudar em um ponto em que as características físicas da rua<br>
> (como largura ou pavimento) não mudam.  Assim, eu diria que, via de<br>
> regra, uma rua deve possuir uma única classificação em toda a sua<br>
> extensão e deve ser promovida de residential para tertiary se ela tem<br>
> preferência sobre a maioria das outras residentials que ela atravessa<br>
> (e similarmente para distinguir secondary de tertiary).  Ou seja, um<br>
> ganho de preferência isolado não gera promoção, e uma perda de<br>
> preferência isolada não gera demoção.  É claro que essa idéia mais<br>
> global é mais difícil de traduzir em um algoritmo totalmente livre de<br>
> ambiguidade, e provavelmente exigiria um "input" subjetivo, baseado em<br>
> conhecimento local.  [Mas nota que isso é diferente do caso da living<br>
> street em que estamos arbitrando que tal rua deva ser totalmente<br>
> evitado, exceto para acesso local.]<br>
><br>
> [1]<br>
> <a href="https://www.aclu.org/blog/racial-justice-criminal-law-reform-technology-and-liberty/your-turn-turn-navigation-application" target="_blank">https://www.aclu.org/blog/racial-justice-criminal-law-reform-technology-and-liberty/your-turn-turn-navigation-application</a><br>

><br>
> [2] <a href="http://www.openstreetmap.org/#map=16/-30.0637/-51.1959" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/#map=16/-30.0637/-51.1959</a><br>
><br>
> [3] <a href="http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.07853/-51.23620" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.07853/-51.23620</a><br>
><br>
> [4] <a href="http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.03503/-51.15997" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/#map=17/-30.03503/-51.15997</a><br>
><br>
><br>
> _______________________________________________<br>
> Talk-br mailing list<br>
> <a href="mailto:Talk-br@openstreetmap.org">Talk-br@openstreetmap.org</a><br>
> <a href="https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br" target="_blank">https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br</a><br>
<br>
<br>
<br>
</div></div><span class="HOEnZb"><font color="#888888">--<br>
Fernando Trebien<br>
<a href="tel:%2B55%20%2851%29%209962-5409" value="+555199625409">+55 (51) 9962-5409</a><br>
<br>
"The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)<br>
"The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)<br>
</font></span><div class="HOEnZb"><div class="h5"><br>
_______________________________________________<br>
Talk-br mailing list<br>
<a href="mailto:Talk-br@openstreetmap.org">Talk-br@openstreetmap.org</a><br>
<a href="https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br" target="_blank">https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br</a><br>
</div></div></blockquote></div><br></div>