<p>Eu prefiro seguir algo coerente com o resto do mundo. O Brasil está muito pouco mapeado e as equipes de alguns países têm muita experiência. Acho mais produtivo traçarmos as vias das cidades "vazias" e da zona rural do que tentar inventar regras de classificação e ficarmos debatendo sobre isso.</p>
<div class="gmail_quote">Em 09/01/2014 00:59, "Fernando Trebien" <<a href="mailto:fernando.trebien@gmail.com">fernando.trebien@gmail.com</a>> escreveu:<br type="attribution"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
<p dir="ltr">Pois é, esse novo fato me deixa num dilema.</p>
<p dir="ltr">Sinto que mais pessoas se interessaram pela idéia de demarcar residenciais de forma especial quando a sua estrutura favorecer o perigo de ter pedestres no caminho dos carros. Talvez tenhamos que trilhar o caminho das pedras e propor mais um valor pra tag highway. Seria interessante descobrir se as comunidades de outros países com problemas similares se interessariam.</p>
<div class="gmail_quote">On Jan 8, 2014 10:19 PM, "Wille" <<a href="mailto:wille@wille.blog.br" target="_blank">wille@wille.blog.br</a>> wrote:<br type="attribution"><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Minha opinião é que se a calçada existe e não há determinação dizendo que a via é compartilhada, não deveria ser classificada como living_street<br>
<br>
Ontem na thread iniciada por Fernando sugeri o critério de 1m de largura mínima para a calçada, mas tenho me questionado se seria adequado, pois de fato a calçada existe. Talvez seja mais apropriado usar uma tag como a wheelchair para indicar se a calçada é adequada ou não, pois, como Fernando falou no final do email dele, se passarmos a usar muito living_street para ruas que não são oficialmente compartilhadas, essa tag vai acabar perdendo o valor, pois quem olhar o mapa nunca vai saber se é realmente permitido caminhar na rua ou não.<br>
<br>
Em Londres, em uma rua bem estreita com um calçada de alguns centímetros em uma área que não chega a ser residencial, mas que tem umas lojinhas, foi utilizado a highway=unclassified<br>
<br>
<a href="http://www.openstreetmap.org/way/4260278" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/<u></u>way/4260278</a><br>
<br>
Foto no street view <a href="http://goo.gl/maps/7YNBT" target="_blank">http://goo.gl/maps/7YNBT</a><br>
<br>
<br>
<br>
On 08-01-2014 18:12, Fernando Trebien wrote:<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Questão difícil e cheia de detalhes. Resolvi fazer uma comparação de 4<br>
casos e acabou ficando meio longa (mas relativamente bem justificada<br>
eu acho).<br>
<br>
Caso 1: <a href="http://goo.gl/maps/C46RZ" target="_blank">http://goo.gl/maps/C46RZ</a><br>
Caso 2: <a href="http://goo.gl/maps/Lu5xi" target="_blank">http://goo.gl/maps/Lu5xi</a> (o mesmo que você mandou)<br>
Caso 3: <a href="http://goo.gl/maps/rmQ6p" target="_blank">http://goo.gl/maps/rmQ6p</a><br>
Caso 4: <a href="http://goo.gl/maps/Z0JZg" target="_blank">http://goo.gl/maps/Z0JZg</a><br>
<br>
Características de cada um:<br>
Caso 1 (residencial ideal): calçadas amplas, regulares e sem carros<br>
estacionados nelas, pedestres (provavelmente) andam somente na calçada<br>
Caso 2 (residencial com uso impróprio): calçadas amplas, regulares e<br>
com carros estacionados nelas, pedestres se dividem (~50%-50%) entre<br>
calçada e pista, próximo ao meio fio<br>
Caso 3 (residencial com estrutura imprópria): calçadas estreitas,<br>
bastante regulares até, sem a possibilidade de estacionar carros mas<br>
com outros obstáculos temporários, pedestres andam na pista por padrão<br>
Caso 4 (reapropriação por pedestres sem motivos estruturais): calçadas<br>
amplas, regulares, sem carros estacionados nelas, pedestres andam a<br>
maioria na calçada mas há muitos na pista (muito mais que o normal) e<br>
não andam nela junto ao meio-fio<br>
<br>
Anteriormente, eu teria classificado os casos 3 e 4 como living<br>
street. Pelas nossas discussões recentes, seria apenas o caso 3. A sua<br>
questão é sobre incluir o caso 2.<br>
<br>
Algumas observações gerais:<br>
1. O caso 1 (residencial ideal) poderia ser semelhante ao caso 2<br>
(residencial com uso inadequado) e vice-versa caso a observação da via<br>
fosse feita em outro momento. Mas ok, podemos adotar alguns limites<br>
pra neutralizar esse efeito (como horário comercial, dia útil e fora<br>
da época de férias).<br>
2. É ilegal estacionar na calçada (e, de fato, é incomum por aqui),<br>
mas as autoridades no Rio aparentemente são coniventes com a infração.<br>
Então, na prática, há de fato diferença significativa entre o caso 2 e<br>
o caso 1.<br>
<br>
Do ponto de vista do pedestre:<br>
1. A atitude geral é de que o pedestre é dono da pista nos casos 3 e<br>
4. São casos em que o pedestre raramente se apressaria pra sair do<br>
caminho para dar lugar a um veículo.<br>
2. No caso 2, o pedestre já fica próximo a calçada pra voltar a ela<br>
caso um veículo passe por ele ou precise estacionar.<br>
3. Opinião pessoal (não factual): no caso 2, apesar de ser ilegal, e<br>
de ser inconveniente, um pedestre ainda poderia optar por andar pela<br>
calçada e ser quase totalmente feliz com essa escolha, exceto em<br>
poucos lugares. Eu não sentiria a necessidade de andar na pista exceto<br>
em uns poucos lugares. O mesmo se aplica ao caso 4, onde não sentiria<br>
a necessidade de andar na pista nunca. Nesses dois casos, acredito que<br>
um turista preferiria andar pela calçada, e estaria seguro nela, com<br>
poucos inconvenientes.<br>
<br>
Do ponto de vista de um motorista e também de um ciclista:<br>
1. O trânsito nos casos 1 e 2 é essencialmente livre, embora haja mais<br>
risco de acidente no caso 2. O trânsito nos casos 3 e 4 é<br>
essencialmente compartilhado com o pedestre. A velocidade média nos<br>
casos 1 e 2 é quase igual, mas significativamente menor nos casos 3 e<br>
4.<br>
2. No caso 2, é razoável presumir que um pedestre, na grande maioria<br>
dos casos, daria lugar a um veículo assim que percebesse a sua<br>
presença. Isso não isenta o motorista/ciclista de tomar cuidado, mas o<br>
número de vezes em que ele precisaria diminuir a velocidade porque há<br>
muitas pessoas no seu caminho é bem pequeno. (Pelo menos é assim aqui,<br>
não sei aí, talvez descubra nos próximos dias.)<br>
3. Nos casos 3 e 4, é imprudente assumir que o pedestre sairá do<br>
caminho; fazer isso certamente levaria a vários acidentes em<br>
sequência.<br>
<br>
Do ponto de vista de uma pessoa em cadeira de rodas:<br>
1. As calçadas são ótimas, quase excelentes no caso 1.<br>
2. As calçadas não são muito boas no caso 2 e seria necessário usar a<br>
pista para contornar alguns obstáculos.<br>
3. No caso 3, é difícil pensar que a calçada seria útil em qualquer trecho.<br>
4. Se estivesse andando pela pista no caso 4, é muito provável que um<br>
motorista esperaria o cadeirante passar. Mas também é improvável que o<br>
cadeirante entre na pista, já que seria difícil sair dela depois.<br>
Digamos que não fosse, ainda assim acho improvável que ele o fizesse<br>
porque seria bem menos seguro.<br>
<br>
O que acho do impacto de considerar o caso 2 como living street:<br>
- muitas ruas no Rio passariam a ter essa classificação, talvez<br>
resultaria em mais living streets do que em residenciais (isso não é<br>
necessariamente ruim)<br>
- elas seriam essencialmente igualadas ao caso 3, mas acho que para os<br>
usuários acima (pedestre, motorista, ciclista e cadeirante) ela se<br>
assemelha mais ao caso 1<br>
<br>
Qual o impacto de não fazer isso:<br>
- poucas ruas seriam living streets, e a maioria ocorreria nas regiões<br>
menos favorecidas - mas devido a problemas estruturais, não por<br>
discriminação; politicamente, acho que isso poderia ter o efeito de<br>
pressionar as autoridades a dar a devida atenção às ruas que mais<br>
precisam de reformas infraestruturais (ou, quem sabe, a transformação<br>
em outro tipo de rua, como em "vias de espaço compartilhados" oficiais<br>
ou talvez em calçadões)<br>
- não haveria diferenciação entre os casos 1 e 2, mas acho bem<br>
provável que essa diferença seja, para a maioria das pessoas, bem<br>
menor do que a diferença entre os casos 2 e 3<br>
<br>
Pelos parâmetros com os quais andamos concordando recentemente, o caso<br>
4 não seria uma living street. De todos os casos, é o que menos me<br>
preocupa porque é raro e porque um critério objetivo seria bem difícil<br>
de se conseguir.<br>
<br>
Considerando tudo isso, eu classificaria como residential os casos 1 e<br>
2, e como living street os casos 3 e 4, mas aceitaria classificar o<br>
caso 4 como residential.<br>
<br>
Existe um 5o caso a considerar agora: o das vias que oficialmente são<br>
designadas como espaço compartilhado. Nessas, não há dúvida que seriam<br>
living streets. O problema é não distingui-las das demais situações.<br>
Ainda estou pensando sobre isso - talvez devamos pleitear uma<br>
renderização diferente para ruas sem calçada larga ou com<br>
wheelchair=limited/no.<br>
<br>
2014/1/8 Arlindo Pereira <<a href="mailto:openstreetmap@arlindopereira.com" target="_blank">openstreetmap@arlindopereira.<u></u>com</a>>:<br>
<blockquote class="gmail_quote" style="margin:0 0 0 .8ex;border-left:1px #ccc solid;padding-left:1ex">
Em determinados ruas residenciais dos subúrbios, pelo menos aqui no Rio de<br>
Janeiro, há a tendência de transformar a calçada (ainda que larga, em alguns<br>
casos de 3 a 5m) em extensão do terreno de casa, aonde o proprietário da<br>
casa comumente estaciona seu automóvel sobre ela, de forma que os pedestres<br>
geralmente andam pela rua mesmo. Em geral essas ruas são asfaltadas, de mão<br>
dupla, com limite de 30km/h (às vezes 20), com limitadores de velocidade<br>
(aqui no RJ chamamos de "quebra-mola"), esse tipo de coisa. Deixa eu dar um<br>
exemplo pertinho de onde moro:<br>
<br>
<a href="http://goo.gl/maps/Lu5xi" target="_blank">http://goo.gl/maps/Lu5xi</a><br>
<br>
Repare que a senhora está andando na rua, apesar de ter espaço na calçada,<br>
simplesmente porque a calçada é utilizada como estacionamento (além de ser<br>
mais irregular que o asfalto).<br>
<br>
Por enquanto, esta rua está mapeada como highway=residential:<br>
<br>
<a href="http://www.openstreetmap.org/way/190858955#map=17/-22.82430/-43.30629" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/<u></u>way/190858955#map=17/-22.<u></u>82430/-43.30629</a><br>
<br>
Mas eu penso em trocar para highway=living_street, uma vez que para mim ela<br>
se configura uma situação completamente diferente de ruas residenciais em<br>
outras partes da cidade, a citar como exemplo a Rua Silveira Martins, no<br>
Catete:<br>
<br>
<a href="http://goo.gl/maps/8JhRw" target="_blank">http://goo.gl/maps/8JhRw</a><br>
<br>
Note que apesar da calçada ser até mais estreita, todos os pedestres<br>
trafegam nela; todos os automóveis estão estacionados na faixa de<br>
estacionamento, não sobre a calçada. Vejam esta rua no OSM:<br>
<br>
<a href="http://www.openstreetmap.org/way/5136166#map=18/-22.92606/-43.17666" target="_blank">http://www.openstreetmap.org/<u></u>way/5136166#map=18/-22.92606/-<u></u>43.17666</a><br>
<br>
Na sua opinião, o primeiro tipo de via deveria ser classificada como<br>
highway=living_street? Por que?<br>
<br>
<br>
[]s<br>
Arlindo<br>
<br>
______________________________<u></u>_________________<br>
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<a href="mailto:Talk-br@openstreetmap.org" target="_blank">Talk-br@openstreetmap.org</a><br>
<a href="https://lists.openstreetmap.org/listinfo/talk-br" target="_blank">https://lists.openstreetmap.<u></u>org/listinfo/talk-br</a><br>
<br>
</blockquote>
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</blockquote>
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