<div dir="ltr"><div>(Email grande pela frente, desculpem a verborragia mas é um assunto importante.)</div><div><br></div>O OpenStreetMap é um projeto feito por pessoas com a paixão por cartografia, que dedicam seu tempo livre a fazer o maior e melhor mapa mundi de todos os tempos, pessoas que, como eu e você, atuam como voluntários.<div>

<br></div><div>Por trás do OSM existe, no Reino Unido, a OpenStreetMap Foundation, ou simplesmente Fundação OSM, uma pessoa jurídica sem fins lucrativos (ONG) baseada no Reino Unido que tem como missão promover campanhas de doações para manter os servidores rodando e, principalmente, servir como interface para com a mídia, os governos e as empresas. Veja mais detalhes em <a href="http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Foundation">http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Foundation</a>.<div>

<br></div><div>A Fundação possui uma série de "afiliadas", por assim dizer, pelo mundo. Em inglês se chama "Local Chapters". Veja mais detalhes em <a href="http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Foundation/Local_Chapters">http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Foundation/Local_Chapters</a></div>

<div><br></div><div>Eu acredito que chegamos no momento de termos uma organização chamada "OpenStreetMap Brasil" - e gostaria de discutir isto com vocês.</div><div><br></div><div><br></div><div>Por quê?</div><div>

<br></div><div>Já me envolvi em diversas situações, mais frequentemente em contatos com veículos de mídia tradicional, mas especialmente em relações com órgãos do governo, aonde seria muito mais simples/rápido ou mesmo simplesmente viável se fôssemos uma entidade constituída. Por exemplo, na pedida de dados públicos a órgãos públicos do governo: ao invés de ser o Arlindo ou o Vitor ou o Fernando pedindo, seria "o OpenStreetMap" pedindo.</div>

<div><br></div><div>Só para citar um exemplo, ao longo dos anos já enviei diversos pedidos para o IPP (órgão de geo aqui do Rio de Janeiro) para disponibilização dos dados para o OSM e fui sumariamente ignorado. Tenho certeza que se ao invés de ser só um garoto falando sobre mapas livres, eu fosse representando uma associação, com um cartão do projeto e propusesse "uma parceria" as coisas seriam diferentes. Enfim, penso nisso como uma ferramenta para vencer a burocracia.</div>

<div><br></div><div>Outra possibilidade interessante, como mencionei anteriormente, seria a comunicação com veículos de mídia. Quando alguém da mídia tradicional quer fazer uma matéria sobre o OpenStreetMap, eles não vão se cadastrar na talk-br. Vão entrar no site e procurar uma forma de contato. Sim, existe uma página enterrada lá na wiki, mas que não é nada visível... poderíamos ter um site, explicando o que é o projeto e mantendo, dentre outras coisas, uma lista de pessoas dispostas a participar de entrevistas, com o contato direto - email, telefone etc. - que seria repassada diretamente a esses repórteres. Por exemplo, alguém aqui no Rio poderia falar comigo, na Bahia com o Wille, em PoA com o Fernando e assim vai.</div>

<div><br></div><div>Finalmente, uma terceira possibilidade seria ter um site "OpenStreetMap Brasil", aonde pudéssemos explicar o projeto, convidar as pessoas a editar e participar da comunidade, ter um blog brasileiro, ter mapas compilados para GPS de carro, como o trabalho que o pessoal da Cocar tem feito - algo que quem veio do TrackSource sente bastante falta, e que pode ajudar a popularizar muito o OSM -, e por aí vai. Um trabalho como o que o Vitor fez com o Mapas Livres, mas mais institucionalizado. Vejam por exemplo o blog do OpenStreetMap Chile:<a href="http://www.openstreetmap.cl/">http://www.openstreetmap.cl/</a></div>

<div><br></div><div>Eu tenho alguma experiência com ONGs. Sei que a sigla assusta muita gente. Mas gostaria de contar um caso. Participo de uma Associação chamada Transporte Ativo (<a href="http://ta.org.br/">http://ta.org.br/</a>), que faz um trabalho muito bom pela promoção do ciclismo no país. Nela, temos um projeto chamado Mapa Cicloviário do Rio de Janeiro, aonde eu recebo grana de um patrocinador para mapear a infraestrutura ciclística da RMRJ - bicicletários, lojas de bike, ciclovias etc. Agora, a parte interessante. Antigamente, eu tinha que ir a campo e manualmente mapear as ciclovias existentes para colocar no OSM... agora, quando a prefeitura do Rio (e outras, por exemplo Niterói) constrói uma ciclovia nova, eles mandam o KML para a gente. O presidente dessa ONG, Ze Lobo, é meu amigo próximo, e ele me conta que só conseguiu penetração no governo e nas empresas quando ele deixou de ser "o Ze Lobo" e passou a ser "a Transporte Ativo". Ter um CNPJ abre muitas portas, faz bastante diferença.</div>

<div><br></div><div>Em resumo, poderíamos mais facilmente conseguir dados das agências governamentais, conseguir tracklogs de empresas de transporte etc. Teríamos um site brasileiro, como comentei anteriormente. Quem sabe até conseguir patrocínio com alguma empresa para viabilizar termos alguém preparando materiais educacionais, dando palestras, cursos gratuitos etc. como atividade principal, ou simplesmente poder remunerar com algum dinheiro, ainda que pouco, quem faz um trabalho que hoje é voluntário. Ou ainda poder bancar alguém que vai ficar indo atrás de editais de Lei Rouanet e afins que possam viabilizar um projeto de mapeamento pelo interior do país, por exemplo. Enfim, acho que já estou viajando nessa última parte, mas acho que o projeto tem muito a ganhar com isso.</div>

<div><br></div><div><br></div><div>Como?</div><div><br></div><div>Pois bem. Eu acredito que a gente possa discutir se vale a pena fazer isso e de que forma. Existe uma pequena burocracia por trás - constituição de uma associação, estatuto, registro etc. e um custo inicial (que eu acredito que seja de pouco menos que R$ 1.000) que eu tenho certeza que, se todos concordarem, podemos passar o chapéu entre nós e reunir contribuições.</div>

<div><br></div><div>O resumo do "como" está disposto neste link: <a href="http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=194">http://www.crefito8.org.br/site/index.php?option=com_content&view=article&id=194</a></div>

<div><br></div><div>Mas o mais importante é: estamos dispostos a tal?</div><div><br></div><div><br></div><div><br></div><div>Bom, falei bastante nesse email, gostaria de saber a sua opinião.</div></div><div><br></div><div>

<br></div><div>[]s</div><div>Arlindo Pereira</div><div><br></div><div>PS: Acredito que eventualmente essa discussão irá migrar para o fórum, mas postei na lista primeiro para termos mais visibilidade.<br></div></div>