<div dir="ltr"><div><i>Era: "Re: [Talk-br] Digest Talk-br, volume 81, assunto 7"</i><br><br></div><div>Olá a todos!<br></div><div><br></div>Meus comentários sobre alguns pontos trazidos pelo Ivaldo Nunes.<br><div><br><blockquote style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex" class="gmail_quote">Toda a base de dados do DNE está disponível no busca CEP dos correios: <a href="http://www.bucacep.correios.com.br" target="_blank">http://www.bucacep.correios.com.br</a>,
 onde é disponibilizado várias formas de consultas. Nisso a informação é
 publica, sem restrições de acesso.Não é muito complicado extrair 
relatórios lá, por bairros - por exemplo - enviar para o excel e depois 
csv, etc... Agora, as funcionalidades do sistema realmente são restritas
 à empresa.<br></blockquote><div><br></div><div>Pode não haver restrição de acesso, mas certamente há restrição de uso, implícita, para vários tipos de uso. Alguém se meta a fazer essa "exportação", usar o resultado a seu bel prazer, e vejamos quanto tempo demora para a empresa "buscar seus direitos" na Justiça!<br><br><blockquote style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex" class="gmail_quote">Realmente a seria muito bom que os correios tornasse público a base de 
dados do DNE via gratuidade da licença do sistema, mas para quê serviria
 isso? Bom, talvez para alguém ter algum nicho de trabalho facilitado, <b>[...]</b><br></blockquote><br></div><div>Só a partir de uma coisa dessas é que o OpenStreetMap poderia licitamente importar aqueles dados. Não estou opinando se a coisa toda está moralmente certa ou moralmente errada. Só estou dizendo que hoje o OpenStreetMap não tem o apoio da lei, evidenciado e indiscutível, para fazer uso daqueles dados de CEP que são disponibilizados pelo site dos Correios.<br><br><blockquote style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex" class="gmail_quote">Desse modo, não vejo o CEP como um problema, mas uma prioridade menos 
importante, não urgente, frente ao nosso mapa atual: milhares de cidades
 nem aparecem. <br></blockquote><br></div><div>Ter o CEP desde o início é uma questão estratégica. Alguns podem achar que é imprescindível, para se aproveitar um grande primeiro esforço de mapeamento, que será quase o único. Outros podem achar que CEP é algo que pode ficar pra depois, a ser importado com automatizações ou grandes facilitações obtidas por software. Eu penso que os dois estilos são importantes e não deveriam se excluir mutuamente, já que o contexto é o projeto OpenStreetMap movido por voluntarismo, e não um empreendimento corporativo originado por $$.<br><br></div><div>Alexandre Magno<br></div><br><div><div class="gmail_extra"><br><div class="gmail_quote">Em 8 de junho de 2015 18:24, Ivaldo Nunes de Magalhães <span dir="ltr"><<a href="mailto:ivaldonm@gmail.com" target="_blank">ivaldonm@gmail.com</a>></span> escreveu:<br><blockquote class="gmail_quote" style="margin:0px 0px 0px 0.8ex;border-left:1px solid rgb(204,204,204);padding-left:1ex"><div dir="ltr"><div style="font-size:small">Pessoal, relativamente aos tópicos DNE, CEP, ECT, e CNEFE, gostaria de fazer alguns comentários pois recentemente estive envolvido com processos ligados aos mesmos, tendo trabalhando com o DNE e ainda sendo analista da ECT - correios, mas não falo em nome da mesma, mais sim por convicção própria.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">1. ECT/Empresa Pública: realmente os correios são uma empresa publica, mas ela é uma empresa e não um órgão público (como um posto de saúde ou escola), fazendo parte da administração indireta. Nesse ponto, possui vários sistemas corporativos cuja utilização é restrita à empresa, no caso o DNE. Por exemplo: o BB - Banco do Brasil, também tem seus sistemas, entre eles o SISBB. É complicado para eles divulgarem sua base de dados ao público.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Toda a base de dados do DNE está disponível no busca CEP dos correios: <a href="http://www.bucacep.correios.com.br" target="_blank">http://www.bucacep.correios.com.br</a>, onde é disponibilizado várias formas de consultas. Nisso a informação é publica, sem restrições de acesso.Não é muito complicado extrair relatórios lá, por bairros - por exemplo - enviar para o excel e depois csv, etc... Agora, as funcionalidades do sistema realmente são restritas à empresa.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">2. Não existe, ainda, georreferenciamento no CEP, pois ele não identifica um ponto (identificação num mapa de um cruzamento de latitude com longitude), mas sim uma linha/logradouro, no caso de a cidade ter CEP por logradouros.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">3. O CNEFE (Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos) é outro ponto que deve ser visto com ressalvas. Veja que o próprio nome fiz:... para Fins Estatísticos. O que significa isso? Não é oficial.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Explico: embora o IBGE seja um órgão público, e portanto oficial, não significa que os endereços do CNEFE sejam oficiais. A única entidade com poder sobre os endereços são as prefeituras municipais, e as respectivas câmaras de vereadores. Porque isso? Qualquer loteamento, condomínio, bairro ou logradouro (rua, avenidas, etc) para existir dependem de decreto ou lei municipal. Sem isso, oficialmente não existe e não é reconhecida pelos órgão públicos.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Muitos dos endereços do CNEFE são coletados dos moradores nos censos. Quando a rua existe (fisicamente) ou não é oficial, o morador diz ao IBGE que mora na rua A, quando na verdade o nome correto da rua seria (ou será) B.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Exemplifico melhor, na prática: em meados de 2014 tivemos uma demanda para cadastrar mais de 250 logradouros de Formosa/GO existentes no CNEFE, mas que não tinham CEP. A primeira etapa foi consultar o mapa local, oficial, mais atualizado. Resultado: encontramos apenas 5 endereços, cuja grafia no mapa (a principio estava incorreta). Depois foi feito trabalho de campo na cidade, consultando os entregadores (carteiros) e prefeitura. Ao final, dos mais de 250 endereços, apenas 48 realmente existiam, sendo que mais de 25 estavam com nomes divergentes (prefeitura um, CNEFE outro).</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Recentemente fim um mapeamento completo de uma cidade aqui do Mato Grosso do Sul, baseado no CNEFE e mapas do IBGE. Poucos dias depois obtive o mapa atualizado da prefeitura. Conclusão: mais de 85% dos endereços do CNEFE não existiam.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Não estou excluindo o CNEFE/Mapas IBGE como base, mas devem ser utilizadas se não existir nada oficial.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">4. O que fazer então?</div><div style="font-size:small">Realmente a seria muito bom que os correios tornasse público a base de dados do DNE via gratuidade da licença do sistema, mas para quê serviria isso? Bom, talvez para alguém ter algum nicho de trabalho facilitado, na validação de alguma coisa ou na inclusão dos CEPs de forma automática no OSM. Talvez algo mais. Sistemas são muito a minha área.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Vislumbro outras coisas mais úteis. O que?</div><div style="font-size:small">O que é preciso para uma cidade ter CEP por logradouro?</div><div style="font-size:small">Basicamente 3 coisas:</div><div style="font-size:small"> - População = ou > que 50.000.<br></div><div style="font-size:small"> - Mapa atualizado;<br></div><div style="font-size:small"> - As informações do mapa (nome das ruas, bairros, limites) sejam oficiais (validados pela prefeitura).</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Um exemplo</div><div style="font-size:small">Minas Gerais tem mias de 30 cidades nessas condições, só falta o mapa. O que emperra o processo.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Entre 2013 e início de 2015 rodei bastante pelo DF e entorno. O DF está muito bem estruturado na atualização dos mapas, nas no entorno a situação é precária. Tem prefeitura que terceiriza os projetos de mapas por não ter pessoas capacitadas (sic) nessa área. Acredito que essa situação se repita pelo país.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Nesse ponto acredito que o OSM tem um papel fundamental: suprir essa lacuna de deficiência de pessoal capacitado, já que ("fazer mapas é fácil, basta querer") democratizou esse conhecimento com a disponibilização de suas ferramentas.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Desse modo, não vejo o CEP como um problema, mas uma prioridade menos importante, não urgente, frente ao nosso mapa atual: milhares de cidades nem aparecem. </div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Outro ponto são as imagens muito desatualizadas do OSM. que dificulta o esforço criativo voluntário dos leigos, como eu.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Assim, acredito que o imediato seria focar em 2 frentes:</div><div style="font-size:small">1- trabalhar fortemente com as prefeituras, no implemento das tecnologias do OSM para a produção de mapas inexistentes ou indisponíveis e atualização dos incompletos. Lembrando que a Terra é muito dinâmica, muda todo o dia. Por isso requer atualização constante.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">2- implementação de imagens/camadas mais atualizadas no OSM. Talvez junto ao INPE, ou outra fonte. A imagem do google é muito superior à do OSM. Isso dificulta.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">Para finalizar, a ECT pensa (ou já trabalha) com o OSM nas cidades com carência de mapa. A lógica é: <i>pôxa, 70% do mapa da cidade está no OSM. Vamos incluir o resto e pedir que a prefeitura valide o mapa.</i> Depois se importa para o QGis e pronto.</div><div style="font-size:small"><br></div><div style="font-size:small">É isso, pessoal. A intenção foi colaborar de alguma forma e não se opor a ninguém. Abraços </div><div class="gmail_extra"><br clear="all"><div><div><div dir="ltr"><div><div><font style="background-color:rgb(255,255,255)" face="arial, helvetica, sans-serif" size="2"><font color="#ff0000"><b>Ivaldo</b></font><font color="#993300"> </font><font color="#000000">Nunes de Magalhães</font></font></div>
<div><font style="background-color:rgb(255,255,255)" color="#000000" size="1">E-mail: <a href="mailto:ivaldonm@gmail.com" target="_blank">ivaldonm@gmail.com</a></font></div><div><font style="background-color:rgb(255,255,255)" color="#000000" size="1">Blog: <a href="http://makermaps.blogspot.com.br" target="_blank">makermaps.blogspot.com.br</a></font></div><div><font style="background-color:rgb(255,255,255)" color="#000000" size="1"><a href="tel:%2867%29%208108-7415" value="+556781087415" target="_blank">(67) 8108-7415</a> - 3431-2810</font></div><div><font style="background-color:rgb(255,255,255)" color="#000000" size="1"><a href="tel:%2861%29%209139-7560" value="+556191397560" target="_blank">(61) 9139-7560</a></font><br></div></div></div></div></div></div></div></blockquote></div><br></div></div></div></div>