[Talk-br] Hierarquia das rodovias

Fernando Trebien fernando.trebien em gmail.com
Sexta Maio 17 21:10:11 UTC 2013


Faltou acrescentar uma regra com que já me deparei aqui. Esta é mais
prioritária que a 2.3 atual, que passa a ser 2.4.

2.3. Se a via for compartilhada com pedestres (segundo a sinalização
ou a cultura do local), é mapeada separadamente com "highway=cycleway"
e "foot=yes";

Esta regra é uma generalização (com alterações) do perfil "Combined
Foot- and Cycleway" encontrado no JOSM.

2013/5/17 Fernando Trebien <fernando.trebien em gmail.com>:
> Pois é. Depois de falar do fluxograma, eu pensei que expressar as
> regras como texto ficaria mais acessível e fácil para modificar e
> criticar. Se quiser podemos trabalhar juntos. Acho que há regras que
> valem para ambos os ambientes, então o fluxograma/regras poderiam ser
> fundidos num só. Segue um rascunho inicial das coisas que eu disse
> anteriormente. Opiniões para melhorias são bem-vindas.
>
> A classificação de uma via é a primeira das regras a seguir que pode
> ser validada presencialmente ou por fontes oficiais (do DETRAN ou do
> governo):
> 1. Se tiver degraus, é do tipo "highway=steps" (importante para cadeirantes);
> 2. Se tiver sinalização de ciclovia, então:
> 2.1. Se for apenas uma faixa sem separação física de outra via a não
> ser a sinalização, a via principal recebe a tag "cyclelane=lane";
> 2.2. Se houver alguma separação física (por exemplo, com tachões), mas
> a ciclovia acompanhar a via principal, a via principal recebe a tag
> "cycleway=track";
> 2.3. Se a via for independente de outras vias, é mapeada separadamente
> com "highway=cycleway";
> 3. Se for larga como uma rua, tiver nome e for proibida para veículos,
> é "highway=pedestrian";
> 4. Se for estreita demais e/ou inacessível por carros, então:
> 4.1. Se tiver uma superfície sólida (asfalto, concreto, lajotas ou
> paralelepípedos - mas não brita ou terra ou grama), é
> "highway=footway" (ver observação 1 abaixo);
> 4.2. Caso contrário, é "highway=path";
> 5. Se tiver regularmente crianças brincando ou pessoas andando no
> caminho dos carros, é "living_street" (se aplica ao interior de vilas
> e favelas);
> 6. Se for usável por carros e não tiver superfície sólida, é
> "highway=track" (ver observação 2 abaixo);
> 7. Se a velocidade máxima for acima de 80km/h, é "highway=motorway";
> 8. Se não for uma via estritamente pública (ou seja, que conduz a
> estabelecimentos comerciais ou a entradas de serviço), é
> "highway=service";
> 9. Se for rodovia nacional ou via expressa urbana (80km/h), é "highway=trunk";
> 10. Se for rodovia estadual (80km/h) ou via arterial urbana (60km/h),
> é "highway=primary";
> 11. Se for rodovia intermunicipal (80km/h) (administrada por alguma
> prefeitura mas ligando duas cidades) ou for preferencial sobre outras
> terciárias/residenciais/não-classificadas urbanas, é
> "highway=secondary";
> 12. Se for preferencial sobre outras residenciais/não-classificadas
> urbanas, é "highway=tertiary";
> 13. Se for em área não urbana sem residências próximas (apenas campo
> ou fazendas), ou em área urbana não residencial (área desabitada,
> industrial ou exclusivamente comercial), é "highway=unclassified";
> 14. Se não for nenhuma das anteriores, é "highway=residential".
>
> Observação 1: isso se aplica a calçadas também. Sei que a equipe do
> OpenTripPlanner é a favor de representar calçadas como vias
> independentes para que o planejamento de rotas de pedestre (e
> principalmente de cadeirantes) se aplique a todas as situações
> possíveis. Mas poucos têm mapeado calçadas assim ainda.
>
> Observação 2: esse pode ser um ponto polêmico. Acho interessante usar
> "highway=track" nas estradas de terra para dar uma referência tanto
> lógica quanto visual. Para muitas pessoas isso chega a ser mais
> importante do que a classificação como rodovias ou vias arteriais, e
> certamente é útil ao usar o mapa para planejamento urbano. Pense da
> seguinte forma: se você tiver dois caminhos, um asfaltado e outro não,
> lado a lado, você provavelmente vai preferir passar pelo asfaltado se
> tiver um tamanho similar, certo?
>
> Não cheguei a pensar ainda se uma "fonte oficial" é preferencialmente
> o DETRAN, o DENATRAN ou o DER. Ou o IBGE. Teria que ver a
> qualidade/recência dos dados que eles oferecem. O que vocês acham?
>
> Essas regras não incluem outros tipos de vias, como ferrovias,
> monotrilhos, hidrovias. Mas para essas, há pouquíssimas ambiguidades.
> Mas se quiserem, podemos colocar aqui também para ficar bem completo.
>
> 2013/5/17 Pedro Geaquinto <pedrodigea em gmail.com>:
>> Concordo com vocês que o conceito de importância é subjetivo, mas acho que
>> nisso o OSM pode contornar, já que é um projeto colaborativo. Inicialmente,
>> reconheço as vias BR-0xx e BR-1xx como muito importantes, mas devemos
>> discutir.
>>
>> Já montei os dois fluxogramas, o com os conceitos atuais e o com os meus, só
>> falta desenhar no computador. Infelizmente tenho pouco tempo disponível...
>>
>> Tive a idéia de separar os parâmetros como: físicos (número de faixas,
>> pavimetação, canteiro, etc); verificáveis (paralelismo a outras vias, acesso
>> a cidades pequenas) e discutíveis (importância de vias). O interessante é
>> que no caso dos parâmetros físicos, pode-se colocar em todos os casos um
>> "predominante" antes da pergunta. Por exemplo, uma primary de 100km que não
>> tem acostamento durante 500m, não precisa ter um buraco em secondary, é
>> interessante manter a continuidade da via.
>>
>> Mais tarde faço um semelhante para meios urbanos, onde temos menos
>> divergências.
>>
>> Quanto às velocidades máximas, acho que são bons indicadores, mas não devem
>> ser utilizados como parâmetros definitivos no mapeamento. Antigamente havia
>> essas sugestões na wiki, mas acho que foram retiradas.
>>
>> Um abraço.
>>
>> On May 17, 2013 1:14 PM, "Fernando Trebien" <fernando.trebien em gmail.com>
>> wrote:
>>
>> Tem mais uma coisa a ser considerada: duas vias longas, duplicadas,
>> com boa sinalização, com bom asfalto, mas uma sendo rodovia nacional e
>> outra sendo rodovia estadual, devem ser classificadas da mesma forma?
>> Penso no que seria mais útil para alguém que estiver vendo o mapa com
>> a ampliação mais afastada. Já vi alguns mapas brasileiros fazendo uma
>> distinção visual entre os dois tipos. No OpenStreetMap, acho que a
>> intenção original era que as nacionais fossem "motorway" porque em
>> países desenvolvidos as rodovias nacionais geralmente são de alta
>> velocidade (100km/h ou mais) e que "primary" fosse usada para as
>> demais em meio rural (geralmente de administração local) ou para
>> arteriais em meio urbano. Primary seria igual para esses dois casos
>> porque uma primária rural tende a virar uma arterial urbana quando a
>> cidade cresce.
>>
>> As "trunk" parecem ter sido introduzidas para vias "regionais" para
>> diferenciar das nacionais e também das arteriais urbanas ou primárias
>> rurais (geralmente pequenas e de administração local). Nesses países,
>> as "trunk" seriam normalmente de velocidade menor que as "motorway".
>> Mas a velocidade menor deles é praticamente a nossa velocidade padrão,
>> então por comparação, a maioria das nossas rodovias nacionais seriam
>> "trunk", exceto as que são verdadeiramente autoestradas (100km/h ou
>> mais). As estaduais também, e daí acho subjetivo optar por uma
>> diferenciação (usando primary) ou deixar a mesma classificação (porque
>> as vias têm as mesmas características exceto pelo responsável pela
>> administração).
>>
>> No wiki, há um artigo listando a velocidade máxima esperada para cada
>> tipo de via, fazendo distinção entre a aplicação em meio urbano e
>> rural: http://wiki.openstreetmap.org/wiki/OSM_tags_for_routing/Maxspeed
>>
>> Essa distinção é feita assumindo que os bairros da cidade são
>> (multi-)polígonos com a tag place= e que o que é meio rural é que não
>> está dentro dos bairros.
>>
>> Se é assim, então não teria problema em classificar as estaduais como
>> primárias, e as intermunicipais (de administração municipal) como
>> secundárias. O dispositivo de GPS (ou o pré-processamento dos mapas
>> para um dispositivo desses) deveria atribuir a velocidade média
>> seguindo o critério descrito nessa página, que é a adotada pela
>> comunidade. Agora se não houver essa premissa, daí eu concordaria que
>> estaduas e nacionais deveriam ser trunk sempre devido à alta
>> velocidade e à estrutura (formato e controle de acesso) que suporta
>> essa alta velocidade em todo o percurso da via.
>>
>> 2013/5/17 Fernando Trebien <fernando.trebien em gmail.com>:
>>
>>> Em concordo com você em quase tudo, Gerard. Primeiramente, acho que
>>> quem faz o mapa tem que pens...
>>
>>
>> _______________________________________________
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