[Talk-br] Hierarquia das rodovias

Pedro Geaquinto pedrodigea em gmail.com
Segunda Maio 20 08:48:19 UTC 2013


Oi pessoal.

Como prometido, fiz os fluxogramas. Acho que ajudaria os iniciantes a se
habituarem com nossas adaptações ao sistema inglês.
Mesmo assim, vão haver muitos erros. Aqui no Rio percebo que os novatos não
se importam muito com a hierarquia e muitas vias que devem ser tipicamente
tertiary estão com a tag secondary. Só querem dizer que aquela rua é
importante.
Não é um problema muito grave, já que para quem está habituado é bem
trivial entender o sistema e corrigir toda uma região de uma vez.

Voltando aos fluxogramas, fiz 3 versões para o meio rural:

- Um muito próximo do que está escrito na wiki, que é a interpretação livre
do Gerald: http://i.imgur.com/2IAfQT7.gif
- Um intermediário da minha sugestão. Só com alguns parâmetros a mais que
adicionei, para padronizar por exemplo o uso de "unclassified":
http://i.imgur.com/rcY2LC6.gif
- Minha sugestão. Com o conceito de "importância" que depende da
interpretação da comunidade: http://i.imgur.com/MsqrZlp.gif

Ah, e quanto a essa questão (meio off) de que se houvesse infraestrutura
não haveria essa indagação: foi exatamente assim que eu comecei a me
questionar. Essas vias que eu sugiro serem marcadas como trunk, por serem
mais importantes que meras primary, deveriam ter sido duplicadas há tempos
pelo tráfego pesado que recebem. Acaba que no Brasil temos corredores muito
importantes com um formato totalmente desproporcional. É um atraso que
temos no país, infelizmente.

Um abraço!

Pedro


Em 19 de maio de 2013 01:26, Fernando Trebien
<fernando.trebien em gmail.com>escreveu:

> Gerald, pensei mais um pouco sobre a questão, tentei refinar o texto
> que eu coloquei no wiki, e acho que concordo com você que motorways
> precisam ter acostamento e pelo menos 2 pistas, senão dirigir na
> velocidade máxima (e eventualmente ter que parar por causa de
> problemas com o veículo) seria de fato muito perigoso mesmo para um
> motorista habilidoso. Seria certamente um caso de "velocidade
> incompatível com a via", um erro grosseiro do nosso governo, e a via
> não corresponderia aos requisitos mínimos de uma autoestrada pelos
> padrões internacionais. Para as trunk, que são de 80 km/h, acho
> possível que sejam de pista simples (como na sua segunda proposta), há
> muitas rodovias nacionais assim aqui no RS e elas são relativamente
> seguras. Eu fui tentar fundamentar melhor isso procurando nos artigos
> da Wikipédia sobre esses tipos de via pelas palavras "acostamento" e
> "shoulder" e só as encontrei no artigo referente a autoestradas.
>
> Estou relendo as suas propostas anteriores e pensando como posso
> conciliá-las com o que eu escrevi no wiki, aceito sugestões. Reli
> também algumas páginas no wiki, onde notei que o texto da sua proposta
> é bem parecido com o que está lá.
>
> 2013/5/18 Fernando Trebien <fernando.trebien em gmail.com>:
> > Concordo que é complicado para um iniciante (eu já fui um) e acho que
> > o seu guia seria ideal para vias recém mapeadas, que ainda não constam
> > no mapa. Desde o início eu senti falta de uma especificação mais clara
> > do que cada coisa é.
> >
> > O meu problema é com as vias existentes. Há várias que não são primary
> > e não têm uma tag note explicando o motivo da diferença. Como saber,
> > então, se foram classificadas desta forma por um motivo
> > suficientemente "forte"? Eu diria inclusive suficientemente
> > "coerente", compatível com as expectativas de um usuário do
> > OpenStreetMap que, digamos, vem de outro país - por exemplo, turistas.
> > Sei que a maioria deve estar com a classificação que resultou de algum
> > processo de importação de dados em massa de alguma outra base de dados
> > (cuja qualidade eu desconheço). Seria interessante que a importação
> > estivesse descrita em algum lugar para sabermos quais os critérios que
> > foram usados.
> >
> > Se você quiser, podemos, por exemplo, acrescentar à regra que todas as
> > vias "motorway" precisam de acostamento. Ao escrever a regra dessa
> > forma, eu me baseei na definição da via no artigo em inglês
> > (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Motorway) que começa dizendo: "Use
> > highway=motorway to identify the highest-performance roads within a
> > territory". Não entrei nos detalhes do número de pistas e da separação
> > dos sentidos para não tornar essa regra muito complexa, mas se você
> > acha fundamental isso, vamos acrescentar.
> >
> > Eu penso que os casos que você citou (motorways a 60km/h e vias sem
> > acostament a 110km/h) são as exceções da regra e claramente são erros
> > de projeto ou de administração do governo. Esses são os casos em que
> > eu acho que vale à pena discutir e anotar na tag note a justificativa.
> > Os outros (a maioria) não.
> >
> > O que eu quero saber é com o que a comunidade (brasileira) concorda e
> > discorda, especialmente para fundamentar a discussão dos casos
> > ambíguos. Eu ainda estaria mapeando várias vias como "track" onde não
> > fossem pavimentadas se não tivesse levantado a questão, e talvez daqui
> > a alguns meses (ou anos) alguém ia ter que desfazer tudo o que eu fiz
> > porque a opinião da comunidade tendeu a outra coisa. E assim como eu,
> > outros podem estar mapeando segundo as suas próprias impressões.
> >
> > 2013/5/18 Gerald Weber <gweberbh em gmail.com>:
> >> Oi Fernando
> >>
> >> eu ia escrever um email dizendo que estava meio perdido no meio de
> tantos
> >> comentários, até que veio este pondo ordem na casa. Legal, obrigado
> >> Fernando.
> >>
> >> Uma coisa que precisamos ter em mente é o seguinte: comparado com a
> malha
> >> viária européia densa (na qual a o OSM é fortemente baseado), a malha
> >> Brasileira é muito esparsa. Mesmo estradas que para padrões normais
> seriam
> >> secondary ou tertiary aqui no Brasil teria que por primary porque
> >> simplesmente não existem outras opções.
> >>
> >> Isto é um fator que em grande parte inviabiliza uma busca por
> hierarquias
> >> viárias coerentes (motorway terminando em trunk, que termina em primary
> >> etc). A nossa realidade é outra.
> >>
> >> Da mesma maneira, a atribuições de velocidades das rodovias é muito sem
> >> qualquer padrão. Já andei em rodovias tipo motorway onde se colocou
> >> velocidade máxima de 60km/h e rodovias sem acostamento com velocidade
> máxima
> >> de 110 km/h.
> >>
> >> Na prática, a velocidade real de transito acaba sendo bem outra. No meu
> >> exemplo da BR-101 no norte do Espírito Santo, minha velocidade média não
> >> passou de 60 km/h.
> >>
> >> Assim, tem hora que nem sei se compensa tanto entrar em tantos detalhes
> >> assim sobre o que dever ser primary, secondary ou mesmo tertiary.
> >>
> >> O que precisamos é um guia simples que orienta o mapeador
> (principalmente
> >> aquele que inicia no OSM) e principalmente que orienta no seguinte
> >>
> >> para rodovias novas no OSM, escolha um tipo de highway= preliminar, na
> >> dúvida ponha primary
> >> se a rodovia já existe, deixe a highway= como está, a menos que tenha um
> >> motivo muito forte para mudar
> >> acrescente a fonte dos seus dados novos em source=
> >> se alterou a highway= acrescente uma tag note= explicando sua escolha
> pelo
> >> tipo de highway
> >> na dúvida, discuta com o grupo no talk-br em openstreetmap.org
> >>
> >> abraços
> >>
> >> Gerald
> >>
> >>
> >> 2013/5/18 Fernando Trebien <fernando.trebien em gmail.com>
> >>>
> >>> Revisei o meu rascunho e coloquei no wiki:
> >>>
> http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Pt-br:How_to_map_a#M.C3.A9todo_objetivo
> >>>
> >>> Tentei incorporar as visões do Nelson e do Gerald sobre o uso de
> >>> "highway=track", mas não sei se ficou bom o bastante. Acho que há
> >>> espaço para melhorias, então vamos discutindo, talvez votando quando
> >>> houver divergências ou surgirem idéias melhores, e melhorando essa
> >>> metodologia.
> >>>
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