[Talk-br] Critérios para calçadas e acostamentos

Wille wille em wille.blog.br
Quarta Janeiro 8 00:56:51 UTC 2014


Já morei em Cachoeira, uma cidade histórica aqui na Bahia. Lá tem muitas 
ruas com calçadas de cerca de 40cm (olhômetro não muito apurado), onde 
mal cabia uma pessoa caminhando. Cheguei a mapear alguns becos de lá 
como living_street porque eu tinha lido em algum lugar que ruas com 
menos de 6m de largura poderiam ser classificadas assim. Essa semana 
procurei e não achei onde eu tinha lido isso no wiki...

E lá também tem uma ponte com calçadas dos dois lados. A calçada com 
certeza tinha menos que 1,5m (chuto 1,10m, no máximo 1,20), mas era o 
suficiente para duas pessoas caminharem lado a lado e ninguém usava a 
área dos veículos. Pela minha vivência aqui na Bahia, na maioria dos 
lugares a largura da calçada não é maior que 1,5m.

Assim sugiro usar 1m como largura mínima, pois é suficiente pra duas 
pessoas caminharem lado a lado e para um cadeirante utilizar.

wille

On 07-01-2014 17:58, Fernando Trebien wrote:
> Pessoal,
>
> Relacionado à questão das terciárias, das living streets e do
> fluxograma, lembro que ficou pendende estabelecermos uma largura
> mínima para considerar uma extensão da pista como um "acostamento" e,
> como estamos pensando em usar living streets para vias residenciais
> que obrigam o pedestre a andar na pista dos veículos, faz sentido
> pensar numa largura mínima para elas também.
>
> Para os acostamentos foi fácil: o DNIT define o acostamento interno
> (que fica à esquerda do motorista) como sendo de no mínimo 1m de
> largura, e o externo, (que fica à direita), de no mínimo 2,5m.
>
> http://www1.dnit.gov.br/anexo/Projetos/Projetos_edital0494_10-23_4.pdf
>
> Por ser algo complicado de medir, essa informação teria uma seta de
> saída no fluxograma para os casos em que não se sabe a largura exata.
> Não tenho exemplos disso para rodovias, mas talvez vocês tenham.
>
> Para as calçadas, achei esta reportagem sobre uma mudança recente na
> legislação de São Paulo:
> http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2012/01/veja-novas-regras-para-construcao-e-reforma-de-calcadas-em-sp.html
>
> E também isto, citando estatísticas da largura e as normas da ABNT a
> respeito: http://www.mobilize.org.br/midias/pesquisas/calcadas-do-brasil---relatorio-inicial--abril-20121.pdf
>
> Algumas regiões citadas aí com largura bem pequena:
> - entorno da Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro (2 metros)
> - rua Benjamin de Souza, em Salvador (2 metros)
>
> Olhando no Street View, acho que a calçada na Estação Central do
> Brasil é suficiente porque o espaço de circulação é livre e plano
> desde o meio-fio, e com isso, os pedestres não são obrigados a andar
> na pista. Já o segundo caso é bem variável: tem trechos em que o
> comprimento da área plana a partir do meio-fio é bem inferior a 2
> metros (em alguns trechos, é simplesmente zero). Essa seria uma via
> que eu marcaria como living street. (Notem que sequer está numa região
> desfavorecida.)
>
> Por isso, acho que as medidas adotadas pela prefeitura de São Paulo
> podem ser relevantes pra estabelecer uma largura mínima para uma
> calçada em boas condições. Pra não ser exigente demais, que tal
> assumir a largura mínima anterior (90cm) e mais a largura da faixa de
> serviço (75cm)? Juntas somam 1,65m. Poderíamos arrendondar para 1,5m,
> que é metade da largura de uma faixa de trânsito, o que simplificaria
> julgamentos à olho, sem equipamento de medição. Se adotássemos a nova
> largura como critério, o total somaria 1,95m - ou, arredondando pra
> ser mais fácil, 2m.
>
> Impactos aqui em Porto Alegre nas regiões discutidas recentemente:
> - os trechos de living street na Barão do Amazonas e na Jacuí
> deixariam de ser living street
> - mudariam ainda a Guilherme Alves e a Paulino Azurenha (paralelas à
> Barão do Amazonas)
> - não mudariam as demais living streets ao redor da Barão do Amazonas e da Jacuí
>
> Opiniões?
>




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