[Talk-br] Necessidade de intermediação

Fernando Trebien fernando.trebien em gmail.com
Domingo Julho 5 14:59:26 UTC 2015


2015-07-05 4:57 GMT-03:00 Marcio - Thundercel <thundercel em gpsinfo.com.br>:
> A partir do momento que um mapeador declara em sua edição GPS;survey
> acredito nele e nunca pedirei comprovação do que ele editou. Quem ganha é o
> OSM porquemais um colaborador, voluntariamente, atuou no mapa.

Só porque é voluntário não quer dizer que qualquer coisa que faça deve
ser aceita. Como você disse, "assim age você, mas não pretendo agir
assim".

>> Da mesma forma, se sua informação viesse de uma prefeitura, você
>> colocaria a prefeitura na etiqueta source. Isso informaria os outros
>> mapeadores onde procurar a informação para confirmar:
>> - sua veracidade; e
>> - sua correção
>
>
> Dados obtidos em prefeituras, IBGE, Bing, mapbox, não pode ser comparado com
> survey.

Em diversos aspectos podem sim.

>> Esse é o mesmo princípio pelo qual funciona a Wikipédia: nenhuma
>> informação fica lá sem que uma fonte seja citada para verificação. Se
>> a fonte não for fornecida, a informação pode ser removida por falta de
>> neutralidade. O OSM é a Wikipédia dos mapas - inclusive é assim que se
>> apresenta aos novos usuários. Tudo deve ser verificável, não somente
>> sob o ponto de vista da idoneidade, mas também do ponto de vista da
>> correção.
>
>
> Não tem relação com survey.

Tem tudo a ver com survey. O equivalente para Wikipédia é uma pessoa
colocar nela uma informação que "simplesmente conhece", que "viu por
aí", mas que não tem fonte. Isso tende a ser removido depois de um
tempo, quando finalmente os olhos de um "fiscal" passam pela
informação. Assim como no OSM, faltam fiscais na Wikipédia pra
quantidade de dados nela colocados.

> Entendo. Poderia nos copiar a mensagem que ele lhe enviou, mesmo que
> seja uma declaração dizendo "tá igual à [fonte X]"? Acho que basta.
>
> Não.
> Minha palavra nesse caso basta.

Se você tem a informação solicitada e não quer compartilhar, começo a
dar mais razão para a desconfiança do Aun. Talvez você não tenha a
informação e quer apenas que acreditemos. As imagens que você
apresentou a ele são de uma fonte que não conhecemos, e queremos saber
se é lícita (agora me juntei ao coro, quero saber também). É um
questionamento válido e importante. Você pode ter feito 4000
contribuições válidas no passado, nada impede que esta seja inválida.
Nada impede que a minha próxima contribuição seja inválida também. Às
vezes pode ser inválida sem que a própria pessoa perceba que foi
inválida. Pode ser inclusive ilícita sem a pessoa perceber. E se pode,
pode acometer os experientes também.

Você leva isso para o lado da moral (frequentemente), mas eu tenho uma
abordagem unicamente pragmática: se tem e é fácil mostrar, mostre, e
está solucionado. Fim de papo. Se é fácil mostrar e não mostra, é
porque provavelmente há algo a ser escondido. Seria tão fácil dar um
Forward nesse e-mail do residente, e no entanto você prefere estender
a discussão.

Além disso, tracklogs são arquivos pequenos, não seria difícil
guardá-los num diretório no seu computador, no Dropbox, ou em qualquer
outro meio. Eu tenho praticamente todos os meus tracklogs guardados
desde 2012, são centenas.

>> Daí o que eu faria é acrescentar uma etiqueta "note" na linha contendo
>> o link para a mensagem dele que você encaminhou pra cá. Dessa forma,
>> outros mapeadores podem verificar a informação. Note que eu colocaria
>> isso em "note" (um comentário informal) e não em "source" (a fonte
>> usada para verificar com certeza os dados). É uma diferença sutil, mas
>> desse jeito mapeadores locais podem duvidar da correção da informação
>> (e têm esse direito) e confirmá-la eles mesmos mais adiante.
>
> Assim age voce, mas não pretendo agir assim.

Gostaria de saber por que foi uma sugestão ruim. Teria sido mais
"educado" da sua parte propor colocar essa informação em outra
etiqueta. Se a falta dessa informação gera dúvidas, obviamente é
necessária no mapa. A etiqueta "note" existe para esclarecer dúvidas
em elementos disputados.

Ao dizer "não pretendo agir assim" após "minha palavra nesse caso
basta", você se coloca em uma posição de superioridade. Ninguém aqui é
superior a ninguém. Se quiser exercer essa postura, recomendo que
procure outra comunidade que a aceite melhor. Jamais a aceitarei. Não
é à toa que minha assinatura em todos os e-mails é "Nullius in verba"
- lema da Sociedade Real de Londres, que significa  "[não acredite
cegamente] nas palavras de ninguém". Confiar cegamente em alguém é
colocar-se sob o poder dessa pessoa. As consequẽncias normalmente são
ruins, às vezes catastróficas, a história está cheia de exemplos. Não
confio cegamente nem em mim mesmo, e penso que o contrário seria
prepotente e arrogante.

Outra saída para essa situação toda é aceitar que o que foi feito por
você é indefensável e portanto é mais seguro que seja revertido, pelo
bem da comunidade. Alguém com melhores condições de demonstrar a
licitude do método vai corrigir quando chegar a hora.

-- 
Fernando Trebien
+55 (51) 9962-5409

"Nullius in verba."



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