[Talk-br] Necessidade de intermediação

Fernando Trebien fernando.trebien em gmail.com
Segunda Julho 6 17:47:53 UTC 2015


Perfeito. Só fazer o OSM corresponder a esses tracklogs que temos
então. Nem precisa usar scripts de reversão ou usuário especial pra
isso.

Para aliviar os ânimos: do ponto de vista da API do OSM, uma reversão
nada mais é que uma edição comum que faz as operações de edição ao
contrário (se moveu, move de volta; se colocou, remove; se removeu,
recoloca), sem marcá-las de forma especial. O único indício de que foi
uma "reversão" seriam os comentários no changeset. Ter um changeset
seu revertido não é como se tivesse sujado a ficha no OSM, eu até já
reverti formalmente changesets meus. Não existe sistema de
"apontamento de culpados", tanto é que nem lembro de cor o último
changeset que eu reverti, menos ainda quem foi o seu autor. Mal lembro
de alguns autores que abusaram da leniência desse sistema e exigiram
múltiplas reversões em sequência. Uma vez começamos a coletar os
changesets de reversão no wiki, não para difamar seus autores, mas
para lembrar da justificativa para a reversão, justamente para buscar
a compreensão mútua com o autor, o que me parece justo, e também para
irmos criando consenso sobre coisas que antes estavam implícitas (e,
por isso, causando confusão). Pensem então na reversão como um simples
"desfazer" mais formal. Muitos autores já se dispuseram a executar a
reversão eles mesmos, e certamente teriam permissão para isso, mas
como é tecnicamente complicado (especialmente quando os dados já
sofreram alteração desde a edição questionada), só uns poucos acabam
realmente executando.

Por essas e outras, reversões também podem ser questionadas. E se
podem ser questionadas, podem ser abusivas, por isso é bom que sejam
feitas só depois de surgir um consenso na comunidade. E isso só é
possível depois de uma comunicação exaustiva. O lugar ideal seria o
fórum (já convidei várias vezes), mas o pessoal gosta de lotar a caixa
dos outros. :P O que se pode fazer pra evitar poluir a lista com esses
tópicos controversos é abrir o tópico lá no fórum e mandar um e-mail
pra cá pedindo para os interessados participarem lá.

2015-07-06 12:14 GMT-03:00 Adriano Rosa <adrianojbr em gmail.com>:
> uma ressalva quanto ao último parágrafo da mensagem do fernando:
> "Outra saída para essa situação toda é aceitar que o que foi feito por
> você é indefensável e portanto é mais seguro que seja revertido, pelo
> bem da comunidade. Alguém com melhores condições de demonstrar a
> licitude do método vai corrigir quando chegar a hora."
> mesmo que o marcio não mostre o tracklog que ele recebeu, acho que não
> precisa reverter a edição, pois há tracklogs já incluídos que, ao menos,
> parcialmente demonstram o percurso atual no trevo.
>
> Em dom, 5 de jul de 2015 às 12:00, Fernando Trebien
> <fernando.trebien em gmail.com> escreveu:
>>
>> 2015-07-05 4:57 GMT-03:00 Marcio - Thundercel <thundercel em gpsinfo.com.br>:
>> > A partir do momento que um mapeador declara em sua edição GPS;survey
>> > acredito nele e nunca pedirei comprovação do que ele editou. Quem ganha
>> > é o
>> > OSM porquemais um colaborador, voluntariamente, atuou no mapa.
>>
>> Só porque é voluntário não quer dizer que qualquer coisa que faça deve
>> ser aceita. Como você disse, "assim age você, mas não pretendo agir
>> assim".
>>
>> >> Da mesma forma, se sua informação viesse de uma prefeitura, você
>> >> colocaria a prefeitura na etiqueta source. Isso informaria os outros
>> >> mapeadores onde procurar a informação para confirmar:
>> >> - sua veracidade; e
>> >> - sua correção
>> >
>> >
>> > Dados obtidos em prefeituras, IBGE, Bing, mapbox, não pode ser comparado
>> > com
>> > survey.
>>
>> Em diversos aspectos podem sim.
>>
>> >> Esse é o mesmo princípio pelo qual funciona a Wikipédia: nenhuma
>> >> informação fica lá sem que uma fonte seja citada para verificação. Se
>> >> a fonte não for fornecida, a informação pode ser removida por falta de
>> >> neutralidade. O OSM é a Wikipédia dos mapas - inclusive é assim que se
>> >> apresenta aos novos usuários. Tudo deve ser verificável, não somente
>> >> sob o ponto de vista da idoneidade, mas também do ponto de vista da
>> >> correção.
>> >
>> >
>> > Não tem relação com survey.
>>
>> Tem tudo a ver com survey. O equivalente para Wikipédia é uma pessoa
>> colocar nela uma informação que "simplesmente conhece", que "viu por
>> aí", mas que não tem fonte. Isso tende a ser removido depois de um
>> tempo, quando finalmente os olhos de um "fiscal" passam pela
>> informação. Assim como no OSM, faltam fiscais na Wikipédia pra
>> quantidade de dados nela colocados.
>>
>> > Entendo. Poderia nos copiar a mensagem que ele lhe enviou, mesmo que
>> > seja uma declaração dizendo "tá igual à [fonte X]"? Acho que basta.
>> >
>> > Não.
>> > Minha palavra nesse caso basta.
>>
>> Se você tem a informação solicitada e não quer compartilhar, começo a
>> dar mais razão para a desconfiança do Aun. Talvez você não tenha a
>> informação e quer apenas que acreditemos. As imagens que você
>> apresentou a ele são de uma fonte que não conhecemos, e queremos saber
>> se é lícita (agora me juntei ao coro, quero saber também). É um
>> questionamento válido e importante. Você pode ter feito 4000
>> contribuições válidas no passado, nada impede que esta seja inválida.
>> Nada impede que a minha próxima contribuição seja inválida também. Às
>> vezes pode ser inválida sem que a própria pessoa perceba que foi
>> inválida. Pode ser inclusive ilícita sem a pessoa perceber. E se pode,
>> pode acometer os experientes também.
>>
>> Você leva isso para o lado da moral (frequentemente), mas eu tenho uma
>> abordagem unicamente pragmática: se tem e é fácil mostrar, mostre, e
>> está solucionado. Fim de papo. Se é fácil mostrar e não mostra, é
>> porque provavelmente há algo a ser escondido. Seria tão fácil dar um
>> Forward nesse e-mail do residente, e no entanto você prefere estender
>> a discussão.
>>
>> Além disso, tracklogs são arquivos pequenos, não seria difícil
>> guardá-los num diretório no seu computador, no Dropbox, ou em qualquer
>> outro meio. Eu tenho praticamente todos os meus tracklogs guardados
>> desde 2012, são centenas.
>>
>> >> Daí o que eu faria é acrescentar uma etiqueta "note" na linha contendo
>> >> o link para a mensagem dele que você encaminhou pra cá. Dessa forma,
>> >> outros mapeadores podem verificar a informação. Note que eu colocaria
>> >> isso em "note" (um comentário informal) e não em "source" (a fonte
>> >> usada para verificar com certeza os dados). É uma diferença sutil, mas
>> >> desse jeito mapeadores locais podem duvidar da correção da informação
>> >> (e têm esse direito) e confirmá-la eles mesmos mais adiante.
>> >
>> > Assim age voce, mas não pretendo agir assim.
>>
>> Gostaria de saber por que foi uma sugestão ruim. Teria sido mais
>> "educado" da sua parte propor colocar essa informação em outra
>> etiqueta. Se a falta dessa informação gera dúvidas, obviamente é
>> necessária no mapa. A etiqueta "note" existe para esclarecer dúvidas
>> em elementos disputados.
>>
>> Ao dizer "não pretendo agir assim" após "minha palavra nesse caso
>> basta", você se coloca em uma posição de superioridade. Ninguém aqui é
>> superior a ninguém. Se quiser exercer essa postura, recomendo que
>> procure outra comunidade que a aceite melhor. Jamais a aceitarei. Não
>> é à toa que minha assinatura em todos os e-mails é "Nullius in verba"
>> - lema da Sociedade Real de Londres, que significa  "[não acredite
>> cegamente] nas palavras de ninguém". Confiar cegamente em alguém é
>> colocar-se sob o poder dessa pessoa. As consequẽncias normalmente são
>> ruins, às vezes catastróficas, a história está cheia de exemplos. Não
>> confio cegamente nem em mim mesmo, e penso que o contrário seria
>> prepotente e arrogante.
>>
>> Outra saída para essa situação toda é aceitar que o que foi feito por
>> você é indefensável e portanto é mais seguro que seja revertido, pelo
>> bem da comunidade. Alguém com melhores condições de demonstrar a
>> licitude do método vai corrigir quando chegar a hora.
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