[Talk-pt] CAOP

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Tue Jan 21 23:39:59 UTC 2014


Olá Nuno,

É verdade o processo de importação ficou parado, fiquei bloqueado no processo de "conflation" (comparação com os dados já presente) :-(

Nem é sempre fácil fazer tudo sozinho e peço desculpe, estou perfeitamente consciente que a culpa é minha e só minha ... mas estou a tentar resolver o assunto :-)

Se calhar a ideia de fazer um programa que faz tudo era demasiado, no entanto não perco a esperança e vou continuar porque todos os anos há alterações nas freguesias e por isso um programa vai sempre facilitar.

O processo que descreveste não tem nada de errado e é funciona perfeitamente.

Vou fazer o meu (longo) comentário, porque é isto de que estas a espera, sendo que agora vou sempre dizer que "não está bem" ;-)

[ Lembre-te que o processo não tem nada de errado, o comentário é só a minha visão e preferência ]

1) Partilhar ways não torna a edição mais fácil.
Partilhar ways obriga a cortar em bocados as estradas, como por exemplo aqui :
- http://www.openstreetmap.org/way/249742298

Prefiro cortar estrada em bocados só quando não há outro solução, ter menos bocados possível facilita a edição : se é preciso alterar um tag (como por exemplo o ref que deve-se escrever EN 221 e não N221) já tens 3 ways a editar em vez de um só (e isto é mesmo uma alteração para ser feito :-)

Também podes tirar o name=Estrada Nacional 221, isto não é um nome, é outra vez o ref escrito de outra forma. Se a estrada não tem nome próprio ... ela fica sem nome.

2) Quando houver mudanças, ter um way partilhado complica a edição.
Imagina que o limite muda, vai ser necessário partir outra vez a estrada e/ou desenhar um way a propósito, acho melhor desenhar um único way dedicado logo de inicio, sendo que este way pode partilhar os nodes da estrada como o que se faz quando desenhamos prédios.

3) Como disseste, o processo não é intuitivo para novos utilizadores.
Pior um novo utilizador vai poder alterar a estrada sem fazer cuidado que também altera um limite administrativo.
Havendo 2 ways distintos (um acima do outro se for preciso) um novato alterando a rua vai perceber que há qualquer coisa e vai ter mais cautela e tentar compreender.

Sabendo que as relations são fácil de partir, é melhor os objetos não estar em comum para diminuir o risco de alteração não desejada.

4) O limite tem uma realidade legal e própria, que pode ou não corresponder a uma estrada ou um rio.
As estradas mudam, rotundas são criadas, estradas são alargadas.
Os rios também mudam, o leito do rio desloca-se com o tempo.
O melhor exemplo é o caso da Bélgica e a fronteira com a Holanda, os antigos plantaram em 1843 "cones" no rio para marcar a fronteira, agora os cones estão bem ao seco porque o rio desvio-se de algumas centenas de metros, mas a fronteira esta sempre no mesmo sitio. Agora os 2 países estão a negociar para alterar a fronteira !

Aqui a noticia (em francês) :
http://www.lalibre.be/actu/belgique/la-belgique-va-ceder-une-dizaine-d-hectares-aux-pays-bas-527b198035703e420f40e11f

5) Sempre adicionar tags nos ways dedicado.
Mesmo sendo opcional (acho que havia um tempo onde eram obrigatório), sempre adicionar nos ways os tags boundary=administrative e admin_level=<numero> com o numero do nível administrativo mais forte de que pertence o way (ou seja o valor numérico mais baixo).

Assim qualquer pessoa que edita não ficará a ver um way sem tag que não
corresponde a nada no terreno, exemplo :
- http://www.openstreetmap.org/way/249816184

O que está a fazer esta linha, não vejo caminho nenhum aqui ?
Alguém brincou e desenhou um risco no meio de um campo ?

Se houver tag no way, fica esclarecido o porquê e a função, uma pessoa ficará com menos vontade para o apagar.


É por isso que recomendo criar way dedicado a função de suporte do limite administrativo e não ter um way com 2 funções ao mesmo tempo.

Quero também dizer-te que um dos objetivos do programa para importação direta e reconhecer o caso de um way partilhando funções (faz parte deste processo chato chamado "conflation"), o caso será gerido e a resposta do programa será de criar outro way desfazendo assim a partilha de função, isto não vai impedir as importações futura.


Para comparação, neste email tens um zip com um ficheiro do resultado da primeira parte do programa (sem "conflation") da freguesia de Carviçais, podes ver quais são os tags, way produzido.
Encontrei uma diferença importante com o teu trabalho, uns 40 metros na Ribeira de Freixo (usei o ficheiro do verão 2013, não sei se há uma versão mais recente) aqui :
 http://www.openstreetmap.org/?mlat=41.14727&mlon=-6.85387#map=17/41.14728/-6.85388


Enfim para acabar, um erro (muito chato ;-) no teu bilhete :
- http://www.porto.taf.net/dp/node/9097

Não se escreve Open Street Map más sim OpenStreetMap (é uma palavra e uma só).

Muito obrigado (e parabéns) a todos que acabaram por ler por completo este email :-)

Francisco


----- Mail original -----
From: "Nuno Gomes Lopes" <n.gomeslopes at gmail.com>
To: talk-pt at openstreetmap.org
Date: 14/01/2014 20:18:14
Subject: [Talk-pt] CAOP



Bom dia a todos. Já há algum tempo que me interessa a importação do CAOP para o OSM, mas quando consultava a wiki ela parecia-me muito complicada, e na realidade eu nunca via grandes novidades. Como muitos outros mapeadores neste país tão pouco editado, achei que o melhor era fazer eu, e depois alguém me corrigiria. 


Primeiro criei os limites da freguesia de Carviçais, Torre de Moncorvo. A informação fui buscá-la ao CAOP mais recente. O meu método foi o seguinte: utilizei as ways existentes (vias, rios), quando o limite da freguesia era isso, adicionando a uma relação (boundary=administrative, admin_level=8, name=Carviçais, type=boundary). Nos sítios onde o limite não coincidia com nada, criei uma way apenas com a relação criada. 


Este foi o resultado: http://ra.osmsurround.org/analyzeMap?relationId=3358241 


Ao longo do limite da freguesia fui acrescentando a relação da freguesia vizinha, e quando o limite dessa freguesia coincidia com o limite do concelho, adicionei também uma relação do concelho vizinho (com admin_level=7). Repeti a fórmula no Porto, processo que descrevi aqui: http://www.porto.taf.net/dp/node/9097 


Imagino que o meu processo não seja consensual. No entanto, só acrescenta novos ways quando é necessário (quando o limite não se localiza sobre uma via ou um rio) e permite a sobreposição de limites (freguesia, concelho, distrito, país). Não será fácil nem intuitivo para novos utilizadores, mas parece-me funcionar melhor do que certas tentativas que tenho visto de fazer o mesmo (criando ways próprias, que ou não batem certo com as vias e os rios ou batem certo e tornam a edição posterior muito mais complicada). No entanto, assim não é possível a importação direta da base de dados pública. 


Espero o vosso juízo. Cumprimentos a todos. 


-- 










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