[Talk-pt] [Talk-br] Declaração de renúncia de voto para decidir traduções de etiquetação

Alexandre Magno Brito de Medeiros alexandre.mbm at gmail.com
Fri Jul 3 02:32:07 UTC 2015


Fernando, eu ainda "duvido", sob alguns aspectos, mas eles, os seus
métodos, constituem a sua metodologia, que é o que temos de melhor na
comunidade. Reconheço isso. E com esse "é o que temos" eu não estou dizendo
que são pouca coisa.

A discussão presente, que você acaba de alimentar, é sim sobre mim.

Eu não pretendo mapear com toda a abrangência que você(s) mapeia(m). E por
isso você está querendo, de uma maneira educada, que eu simplesmente cale a
boca sobre qualquer coisa que se refira a mapeamento. Com a renúncia ao
voto, eu atendo o que existe de razoável nesse seu desejo implícito.

OK, eu vou me esforçar para lembrar de sempre consultar a Referência antes
de articular frases opinativas sobre etiquetação. Mas nem se preocupe tanto
com isso... porque eu vou evitar ao máximo estar opinando diretamente sobre
etiquetação. Meu desejo íntimo é que nunca mais eu construa uma frase do
tipo "eu acho que etiqueta=X deveria ser tal coisa", apesar de que eu não
renunciei a isso.

O assunto etiquetação está pra mim como um livro está para o leitor. Por
ventura o leitor pode interpelar o(s) autor(es) do livro.

Obviamente eu não estou reclamando um direito de ser o cara que tira o foco.

Aceitar crítica técnica deve ser muito mais fácil, especialmente quando se
pode verificar que a técnica realmente está falha, ou que o suposto
conhecimento técnico está quebrado, inconsistente. Aceitar crítica à
personalidade nem sempre é o caso.

Por vezes, eu não sou capaz — porque nessa atividade de tradução de
etiquetas eu não me empenho (como já declarado várias vezes) — de
determinar se o que relato é um regionalismo. Então é melhor também para
vocês que eu não "chute" ser um regionalismo, propondo-o como tal. Como
você mesmo afirma, o foco também não está nos regionalismos.

O e-mails que tenho chamado de "registro", e este seguindo eles, não são
principalmente um esclarecimento, são principalmente como um recibo, como
um atestado, como um documento, como um firmamento de palavra, que estou
dando a quem interessar. Suponho que o segundo maior interessado nesse meu
proceder seja você, pois o primeiro sou eu mesmo. Por que? Porque eu quero
continuar por aqui, dentro das minhas limitações.

Concordo que a crítica evidenciada no último parágrafo foi construtiva. Mas
discordo* dela. Com um leque tão amplo de coisa que pode ser feita na
comunidade, eu não tenho de esperar de mim que obrigatoriamente minha
atividade de contribuição seja em mapeamento, sempre em mapeamento, ou mais
em mapeamento. Eu tenho deixado algum código, algum *know how*, no GitHub.
Coisas relevantes? Não sei. Pra quem? Não sei. Importaram pra mim, achei
que podem importar pra mais alguém. Quando aparentemente nem a mim
importaram, porque não as usei, mas as fiz, as fiz por pensar que a um
mapeador ativo — ou à comunidade tida com um todo — poderiam importar.
Estou de consciência tranquila quanto a isso, pois fiz o que pude e o que
soube, e com boa intenção, e assim pretendo continuar, se a comunidade não
rejeitar, ou até o nível a comunidade não rejeitar.

* Discordar de uma crítica é não aceitá-la no todo ou em parte. A crítica
construtiva é aquela que o criticado aceita ao menos em parte, seja essa
parte grande ou pequena. Assim eu entendo.

Alexandre Magno



Em 2 de julho de 2015 21:24, Fernando Trebien <fernando.trebien  gmail.com>
escreveu:

> Obrigado pelos elogios, depois de duvidar dos meus métodos. Só quero que
> entenda que a discussão não é sobre você (nunca será) e sim sobre o OSM.
>
> Antes de propor uma tradução, considere o que diz na referência. Não fazer
> isso é menosprezar as semanas de suor que foram investidas nela. Traduções
> ruins têm consequẽncias que nos custam muito trabalho para consertar.
> Traduções literais (que você defendeu hoje) frequentemente são ruins, isso
> já tinha sido bem estabelecido há bastante tempo, não tinha por que
> questionar.
>
> Tenha foco: você nunca terá dúvidas relevantes aos mapeadores se não se
> tornar um mapeador. Vocẽ já disse que não pretende mapear, então é difícil
> você ter dúvidas relevantes. Isso se aplica também às traduções. Se você
> levantar dúvidas irrelevantes, não estará contribuindo com o OSM, estará
> fazendo a gente perder o foco, e com isso, perder tempo. Mesmo que não seja
> intencional, será um desserviço.
>
> Aceite as críticas. Eu já recebi um zilhão de críticas aqui no OSM, e
> aprendi e cresci com todas elas. Algumas foram duras, mas faz parte.
>
> Se você apenas quer dizer que em Natal se fala desse ou daquele jeito,
> então sugira que seja acrescentado na tradução como regionalismo. Simples.
> Bem provável que cada um dos 700 verbetes tenha uns 5 ou 6 regionalismos
> significativos. O foco da tradução não é acumular regionalismos (que são
> uma mera curiosidade) e sim decidir o que vai na interface dos programas.
> Se foge ao foco, faça num outro tópico.
>
> As pessoas não lêem todos os e-mails. Também não lêm todo o fórum. Nem são
> obrigadas. O fórum alemão, por exemplo, tem mais de 120 mil postagens.
> Exigir isso de alguém seria desumano, além de impossível. De nada adianta
> achar que esse e-mail basta para se esclarecer eternamente - tente ser
> claro (usar as palavras certas) e conciso (usar poucas palavras) no
> dia-a-dia. Não é fácil, mas tem que tentar.
>
> Muitas pessoas também não lêem o wiki, mas de todos os textos, esse é o
> que elas deveriam ler. Lá está sintetizado todo o conhecimento do OSM. Está
> o resultado de todas as (homéricas) discussões travadas sobre cada um dos
> detalhes/picuinhas que se pode imaginar. Discussões essas que nem
> aconteceram no Brasil, a nós restou praticamente apenas adaptá-lo à nossa
> realidade, o que é possível porque boa parte da nossa realidade é herança
> desses países desenvolvidos. Algumas coisas talvez precisem de uma mudança
> aqui e ali, mas são detalhezinhos. Não sejamos arrogantes: o wiki é escrito
> por gente que mapeia até mesmo na África, então não é apenas "coisa de país
> desenvolvido". Se entendermos como eles fazem lá, entenderemos o que é
> melhor fazer aqui. Não dá pra perder tempo confabulando sem olhar pra fora
> antes. Ler o wiki é, no fim das contas, cortar caminho. Ler a referência de
> tradução é cortar caminho dentro do próprio wiki, pulando as discussões
> (homéricas) já tratadas no Brasil sobre tradução.
>
> Tradução não é a única coisa que temos a fazer: temos limites e rotas a
> consertar, classificações a discutir (num futuro próximo), importações e
> mesclas de dados a fazer, mapas a fazer DO ZERO em regiões onde não há
> qualquer informação oficial, software a desenvolver. Quase nenhuma cidade
> tem endereços mapeados, poucas têm os limites dos bairros. Em relação a
> outros mapas, ainda estamos muito atrasados. Então não podemos perder o
> foco com míseros verbetes se não temos método pra decidir sua tradução de
> forma eficaz. Nem podemos nos dar o luxo de ficar enchendo a lista falando
> sobre si, suas pretensões ou não, sendo que nenhuma delas inclui desenhar
> um mapa. ;-) Sim, isto foi uma crítica a você, Alexandre. Ela é
> construtiva, depende de você encará-la assim.
>
> 2015-07-02 16:26 GMT-03:00 Alexandre Magno Brito de Medeiros <
> alexandre.mbm  gmail.com>:
>
>> Eu sei, mas estará no histórico das listas, talk-br e talk-pt.
>>
>> *Faça o que sabe e o que gosta! *Vamos ficar todos bem.
>>
>> Segue mais registro
>> <http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?pid=513708#p513708>
>> (espero que o último a respeito do assunto):
>>
>>> Fernando, eu já conhecia seu método de tradução. Quis olhar para ele
>>> desde as primeiras vezes que você o apontou direta ou indiretamente. Sua
>>> atividade é interessante, e os resultados, admiráveis. A tabela, etc. Mas
>>> não só isso. São referência. E penso que o método está bem. É claro que
>>> talvez seja a primeira vez que você o sintetiza para nós. Mas eu já tinha
>>> entendido o que você fazia. Não quer dizer que seja perfeito, mas está bem.
>>> Nada que o ser humano faça será perfeito. Eu nem tenho um método de
>>> tradução para etiquetas, porque eu não me coloco na comunidade como um
>>> tradutor de etiquetas. Você se coloca, e eu acho que isso também está bem.
>>> MUITO BEM, ALIÁS. Você realmente sabe fazer o que faz. A estrutura do seu
>>> método reflete o esforço e o apreço que você coloca no que realiza para a
>>> comunidade. Eu desejo que seja "para a comunidade", ainda que o agente
>>> sempre colha, querendo ou não, algo daquilo que concretiza para os outros.
>>>
>>> Como eu posso dizer aqui neste tópico, depois do que já escrevi, que "o
>>> seu método está bem"? É porque você não se deu conta: as minhas
>>> argumentações que podem golpeado o seu método são basicamente defesas do
>>> direito de eu fazer meus relatos.
>>>
>>> Você é muito capaz. Pode dar muito a esta comunidade, como já dava desde
>>> antes de eu chegar aqui e trocarmos as primeiras mensagens. A dois ou três
>>> dias atrás, quando percebi que você voltara a interagir através de nossos
>>> canais de comunicação públicos (especialmente a talk-br), inclusive
>>> dirigindo-se a mim, eu dei Graças a Deus (dê-me licença se você for ateu).
>>> Todos sentiram sua falta! EU TAMBÉM SENTI. Evidentemente eu não senti nem
>>> um pouco a falta de nossas dificuldades de relacionamento. Digamos que "a
>>> culpa seja minha e só minha", peço-lhe encarecidamente: não compartilhe seu
>>> conhecimento como se fosse apenas "compartilhar com Alexandre". Por favor,
>>> não faça isso. Se eu lhe pergunto, e a pergunta for digna, você pode
>>> respondê-la À COMUNIDADE. Obviamente, eu serei beneficiado. Se você notar
>>> que a comunidade não ganha, ou que não vale a pena o esforço, simplesmente
>>> não me responda. Isso não significará que estejamos sem falar um com outro.
>>> Eu espero que não.
>>>
>>> Eu lhe digo que na minha terra várias pessoas chamam sinal. Com esse
>>> relato eu já estou defendendo com unhas e dentes que esse deveria ser o
>>> termo no OpenStreetMap? Não! Só você me leva tão a sério. Eu podia ficar
>>> calado e nunca mencionar que por aqui é sinal. Eu vou fazer isso? Não! Está
>>> em mim a necessidade de compartilhar uma informação tão simples como essa.
>>> Se eu sei que a chave está na gaveta e não é para o mal que a estão
>>> procurando, eu digo onde a chave está.
>>>
>>> Sim, as pessoas não lêem tudo o que eu escrevo. Mas o importante é que a
>>> tal renúncia está gravada no fórum e no histórico da talk-br (e da
>>> talk-pt), incluindo imagem de tela. A quem interessar, eu sugiro que guarde
>>> cópias locais, começando por você, Fernando. Se necessário vier a se
>>> tornar, a qualquer tempo poderão esfregar a renúncia na minha cara. Simples
>>> assim. Mas não o façam antes de poderar se estou realmente desonrando-a;
>>> porque de outro modo eu me defenderei e será um novo desgaste. Eu não posso
>>> fazer introduções à minha renúncia toda vez que eu for submeter à
>>> comunidade relatos daquele tipo. E o comportamento de sinalizar com uma
>>> breve expressão pode dar a entender, quando negligenciado, que não estou
>>> renunciando ao voto naquele momento. Mas eu acato a sugestão de — pelo
>>> tentar — usar sempre um "aqui em Natal se usa [expressão X]". Tentar! E
>>> mesmo que eu proceda assim, isso nunca vai real e infalivelmente comunicar
>>> que eu sou renunciante do voto ali.
>>>
>>> Agora, você e demais interessados em traduzir etiquetação, lembrem que
>>> assim permanenço agindo: eu não estarei, de nenhum modo, nunquinha,
>>> participando com opiniões (os achismos) em tópicos que não sejam
>>> desenvolvidos em nosso idioma.
>>>
>>> Digamos que eu faça ou tenha feito uma tradução errada ou errônea, de
>>> software ou texto discursivo, em qualquer material que afete OpenStreetMap,
>>> por gentileza passem a renúncia na minha cara e eu ficarei feliz em ser
>>> lembrado dela e em efetuar ou deixar que efetuem, naquelas traduções, as
>>> correções cabíveis.
>>>
>>> Eu me comprometo a TENTAR evidenciar ao máximo que meus eventuais
>>> achismos são achismos. Por exemplo, usar pelo menos a palavra "acho". Se eu
>>> estiver falando de algo não definido como se fosse já definido, peço que,
>>> por favor, apontem o erro: "Ei Alexandre, isso não está definido".
>>>
>>> E lembremos que tudo aqui eu estou de "etiquetação".
>>>
>> Print screen: http://imgur.com/WSHMwy3
>>
>>
>>
>> Alexandre Magno
>>
>>
>> Em 2 de julho de 2015 14:51, Fernando Trebien <fernando.trebien  gmail.com
>> > escreveu:
>>
>>> Nem todos vão ler essa mensagem. Ninguém é obrigado a ler tudo.
>>> On 2 Jul 2015 14:04, "Alexandre Magno Brito de Medeiros" <
>>> alexandre.mbm  gmail.com> wrote:
>>>
>>>> Contexto:
>>>> http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?pid=513657#p513657
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> *Declaro explicitamente aqui (e na talk-br, o que farei nos próximos
>>>> minutos) que renuncio, nesta comunidade, a votar (ter voto) em qualquer
>>>> disputa sobre tradução de etiquetas de mapeamento. Não obstante, eu não me
>>>> insentarei de expor minhas vivências pessoais que estejam diretamente
>>>> relacionadas a possíveis significados da etiqueta. Quero fazer assim porque
>>>> não quero renunciar à oportunidade de contribuir mediante relato. Os
>>>> votantes na disputa de tradução tratem de desconsiderar SEMPRE minha
>>>> opinião como um voto. Se algum dia, na minha vida, eu quiser retroceder a
>>>> respeito dessa posição, comprometo-me a fazer declaração que anule a
>>>> presente com visibilidade igual ou superior à que esta ganhará por ficar
>>>> registrada no histórico da talk-br e do fórum.*
>>>> Print Screen: http://imgur.com/WIflZJi
>>>>
>>>>
>>>>
>>>> Eu não tinha lembrado da talk-pt, mas obviamente ela também importa.
>>>> Então agora a estou incluindo no endereçamento.
>>>>
>>>> Alexandre Magno
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