[Talk-pt] Património protegido (heritage): lacunas, ambiguidades e soluções para as ultrapassar (O OSM e o património português)
Topo Lusitania Lusitania
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Mon Apr 8 14:02:27 UTC 2019
Saudações OSM
Á revelia do autor, que apenas o publicou na sua página e o anunciou no grupo OSMPortugal do Telegram, mas que pelo seu interesse merece ter maior divulgação, aqui vos deixo os parágrafos iniciais. O resto do texto pode ser lido em:
https://www.openstreetmap.org/user/hvalentim/diary/48134
Quote:
Reúno aqui um conjunto de reflexões avulsas sobre o mapeamento do património português classificado, mormente arquitectónico, no OSM; algumas lacunas detectadas e outras tantas propostas de melhoria/uniformização de critérios. Por facilidade, a exposição reparte-se em 8 (oito) alíneas. As sugestões de procedimento estão diferenciadas com fundo verde.
A) COMO LIDAR COM A PLURALIDADE DE SÍTIOS DE REFERÊNCIA?
Como é sabido, temos em Portugal pelo menos três bases de dados de entidades públicas em matéria de Património imóvel, cada qual com as suas particularidades. A saber:
1 – DGPC - Direcão Geral do Património Cultural (5737 registos) - http://www.patrimoniocultural.gov.pt/pt/
- Focada no processo formal de classificação, mantém os dados mais actualizados relativamente ao trâmites e legislação aplicável em cada caso.
- É bastante mais consistente do que o SIPA na classificação da informação (pese embora os KITs Património, originais do IGESPAR). Tem um reduzido número de categorias – mormente “Situação Actual” e “Categoria de Protecção” - em que reparte coerentemente cada registo. No SIPA a informação foi notoriamente introduzida de forma aberta, mediante redacção manual, por distintas pessoas, ao longo dos anos – está, por conseguinte, sujeita a nomenclaturas variadas e também a maior número de imprecisões.
- A DGPC é a melhor fonte para informação sobre (seguindo a convenção, “Campo DGPC -> key equivalente no OSM”):
- "Categoria de Protecção" -> heritage (níveis 1,2 e 7)
- "Categoria de Protecção" -> heritage:ref
- "Situação Actual" -> site_status
- Em contrapartida a base de dados DGPC é substancialmente mais lacónica quanto às classificações do património local (promovidas pelas câmaras) e totalmente omissa quanto ao regional (promovido pelas entidades dos governos autónomos dos Açores e da Madeira).
2 – SIPA – Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (34357 registos) - http://www.monumentos.gov.pt
- Bastante mais exaustiva.
- Decompõe um conjunto de campos úteis para o preenchimento dos correspondentes no OSM. Designadamente:
- Protecção -> heritage (nível 4 – regional, por sinal não documentado no wiki do OSM)
- Afectação -> operator
- Propriedade -> site_ownership
- Época de Construção -> start_date e eventualmente historic:civilization -> historic:period -> historic:era
- Arquitecto/Construtor/Author -> builder
3 – Portal do Arqueólogo (34605 registos) - http://arqueologia.patrimoniocultural.pt/
Fonte dilecta mormente em matéria de historic=archeological_site e derivados, fornecendo, melhor do que os outros, detalhes preciosos sobre as intervenções realizadas e o “Período” -> historic:civilization -> historic:period -> historic:era et cetera...
Assim, atendendo ainda a que:
- 2 e 3 fornecem referências passíveis de identificar cada objecto individual ("Número IPA" e "CNES" – Código Nacional de Sítio, respectivamente).
- A presença dessas referências (identificadores únicos), bem como de ligações (urls) para as respectivas páginas com os detalhes de enquadramento histórico, é importante não só para organização do trabalho; para referência do utilizador final que procura fontes para se documentar e comprender os locais, como, finalmente, e não menos importante, para assegurar, se for caso disso, a possibilidade de benefício do trabalho dos colaboradores do OSM para melhoria das fontes públicas (não sendo incomum constatar-se que as localizações do OSM são mais precisas e diferem substancialmente das oficiosas - bastas vezes meras aproximações grosseiras).
Prefigura-se, finalmente, para o que nos interessa, um cenário em que, no limite, se quisermos incluir um imóvel com o máximo de completude, é possível encontrar casos com 5 (cinco) urls (sendo património mundial, estando presente nos 3 inventários oficiais e possuindo ainda uma página própria, independente deles – e.g. sendo coincidentemente um Museu aberto ao público…) e 2 (dois) identificadores (IPA e CNES).
Colocando-se a questão: como organizar tanta informação de forma coerente e sem atropelo?...Unquote
Cumprimentos
TopoLusitaniaPS : o (O OSM e o património português) é de minha autoria
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