[Talk-br] Mapeando coisas que ainda não existem

Paulo Carvalho paulo.r.m.carvalho em gmail.com
Terça Dezembro 24 11:20:46 UTC 2013


Mais uma vez muito obrigado pela resposta enciclopédica.  Anotando...


Em 23 de dezembro de 2013 12:14, Fernando Trebien <
fernando.trebien em gmail.com> escreveu:

> Coisas em projeto ou em construção podem ser mapeadas sim, mas de
> forma especial. Dei uma olhada por altos na Transolímpica e na
> Transcarioca e tudo que vi me pareceu correto.
>
> No caso de algo em construção (onde mapear me parece fazer mais
> sentido, pois há pouca alteração da geometria quando a construção
> estiver concluída), usa-se:
> - para rodovias: highway=construction
> - para ferrovias: railway=construction
> - para hidrovias: waterway=construction
> - para terrenos em obras: landuse=construction
> (ver http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Key:construction)
>
> Se você já quiser especificar o que a construção é, pode usar a tag
> construction=* onde * é o valor que iria em
> highway/railway/waterway/landuse. Por exemplo,
> highway=construction+construction=tertiary.
>
> Exemplo de um BRT em construção aqui em PoA:
> http://www.openstreetmap.org/way/230273926
> (nota: ao final da construção, seria necessário acrescentar as tags de
> acesso aqui)
>
> Para coisas em projeto, funciona da mesma forma, só mudando
> "construction" por "proposed"
> (http://wiki.openstreetmap.org/wiki/Key:proposed). Então uma terciária
> em vias de projeto seria highway=proposed+proposed=tertiary. Tanto
> construction quanto proposed são tratados pelo Mapnik da mesma forma e
> produzem o mesmo desenho (mas poderiam não o ser por outro
> renderizador).
>
> Conversores para GPS (desde que bem feitos) ou ignoram essas vias
> proposed e construction, ou as convertem para alguma classe
> correspondente não-roteável (que só serve para visualização). Então,
> se o traçado da via em construção ou em projeto estiver correto, não
> vejo motivos para remover do mapa.
>
> Há um possível probleminha: construções raramente sofrem alterações
> até a finalização, diferente de coisas em projeto. Ou seja, daria
> trabalho ficar atualizando o traçado em projeto. Se eu não estiver
> pessoalmente envolvido com tal projeto (se o meu objetivo fosse
> somente o de completar o mapa do OSM), eu priorizaria as coisas que
> existem há mais tempo (como prédios antigos) e que nunca ou quase
> nunca mudam. Mas se for importante pra alguém mapear algo em projeto
> (talvez porque muita gente esteja discutindo sobre ele), a pessoa pode
> fazê-lo. Nesse caso, pra auxiliar a colaboração com os outros
> mapeadores, eu recomendaria bastante acrescentar também as tags
> "source", "source:date" e quem sabe uma "note" nesses elementos em
> projeto. Isso permite que outra pessoa revisando o mapa possa
> facilmente atualizá-lo consultando a mesma fonte. Nas construções não
> acho que seria tão importante isso.
>
> Um parêntese: já vi 2 formas diferentes de refletir a idéia de algo já
> finalizado que está em obras (ou, mais especificamente, "fechado ao
> público por estar em obras"): alguns simplesmente colocam a tag
> access=no, e outros transformam a coisa numa construção (é o que eu
> prefiro porque daí fica bem claro no render que há algo diferente
> acontecendo). Embora "em obras" seja diferente de "em construção",
> acho que são equivalentes de uma perspectiva prática (de como uma
> pessoa pode interagir com tal via/prédio/terreno). Um exemplo:
> http://www.openstreetmap.org/browse/way/230276183
>
> Seguindo nessa linha do que "pode" e do que "não pode" no OSM, eu
> diria o seguinte: pode (sem questionar) tudo que tiver proposta votada
> e aceita (independente de os editores já terem incorporado a idéia). E
> é possível regidir e promover uma proposta para praticamente qualquer
> coisa. Também é possível questionar e buscar o consenso para invalidar
> uma proposta mal feita, mesmo que já aceita (já aconteceu algumas
> vezes, e provavelmente vai acontecer mais algumas). Algumas propostas
> aceitas acabam não sendo adotadas amplamente, mas segui-las não
> estaria errado, apenas representaria um mau investimento do seu tempo
> se o seu objetivo for consumir a informação através de aplicações. As
> aplicações são o motivo por trás das cobranças da comunidade quando se
> diz pra mapear de um jeito ou de outro, a diferença é que somos
> "application-agnostic": não fazemos coisas para favorecer nenhuma
> aplicação em particular, mas todas ao mesmo tempo (inclusive as que
> ainda não foram desenvolvidas), sujeitos claro aos recursos que temos
> (em particular, aos recursos de hardware e rede de que a OSMF dispõe,
> e ao esforço da tarefa de mapeamento). Um "segredo": você pode (o
> sistema não impede) de fazer coisas que não estão em propostas
> (inventar tags novas, por exemplo), especialmente se estiver
> exemplificando uma proposta nova, mas daí, pra não prejudicar muita
> gente, procure fazer isso num lugar mais remoto do mapa (ex.: no meio
> de um deserto, ou na Antártica), e também procure não deixar
> abandonado lá indefinidamente caso a proposta não se popularize.
>
> 2013/12/23 Paulo Carvalho <paulo.r.m.carvalho em gmail.com>:
> > Fernando,
> >
> >     Qual é a política do OSM quando se trata de coisas projetadas mas que
> > não existem?  Hoje identifiquei no Rio os BRTs Transolímpica (projetada)
> e
> > Transcarioca (não operacional).  Acho que não devam estar mampeadas.
> >
> > []s
> >
> > PC
>
>
>
> --
> Fernando Trebien
> +55 (51) 9962-5409
>
> "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)
> "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)
>
-------------- Próxima Parte ----------
Um anexo em HTML foi limpo...
URL: <http://lists.openstreetmap.org/pipermail/talk-br/attachments/20131224/95938114/attachment.html>


Mais detalhes sobre a lista de discussão Talk-br