[Talk-br] Hierarquia das rodovias

Flavio Bello Fialho bello.flavio em gmail.com
Sexta Junho 21 10:51:08 UTC 2013


Em 19 de junho de 2013 13:29, Fernando Trebien
<fernando.trebien em gmail.com>escreveu:

> Flávio, eu acho melhor manter a especificação da largura. Lembre que
> não são só carros que usam as vias, caminhões também, e há carros de
> tamanhos diversos. Essa medida saiu da menor classe considerada nos
> projetos de estradas do DNIT (tem um link pra esse documento nesse
> mesmo artigo no wiki); se uma via é ainda menos larga que isso,
> provavelmente não está seguindo um projeto adequado. Uma das coisas
> que eu apoiei até agora foi a definição de critérios claros e não
> subjetivos; nada é mais claro do que uma medida exata.
>

Ok, mas dificilmente alguém vai medir a largura da via quando estiver
mapeando. Ainda acho que a característica mais importante é que passem dois
veículos simultaneamente. Entendo que se deva ser objetivo, e é justamente
isso que quero fazer. Se for colocada uma medida de largura, ela deve ser
um critério auxiliar. Algo do tipo: Largura para 2 ou mais carros (cerca de
6m ou mais).

>
> O seu item 2 me parece uma leitura quase literal do fluxograma. Por
> favor, aponte as diferenças.
>

É bem diferente do fluxograma. Pelo fluxograma, qualquer via não
pavimentada com menos de 6m de largura é "track". Devemos evitar o uso de
"track" para vias onde flui trânsito normal. "Track" é uma trilha, que é o
caminho mais tosco por onde ainda se pode passar (e às vezes atolar) um
veículo. Uma "unclassified" certamente pode ter menos de 6m. Já dirigi por
várias, assim como dirigi por muitas "tracks", e a diferença é grande.
Posso tentar ajustar o fluxograma para refletir isso.

>
> O seu item 3 pertence à discussão sobre o que seria uma "living
> street" no Brasil. Até agora ninguém (nem mesmo a comunidade alemã)
> reclamou dessa definição de living street, mas vamos abrir o diálogo
> então. Eu acho útil usá-lo para ruas estreitas e apontei a razão no
> meio das discussões: existe a possibilidade de moradores deixarem
> carros estacionados no meio do caminho (entre outros objetos),
> dificultando a passagem.
>
> Não é obrigatório usar todos os valores de highway possíveis. Devemos
manter a coerência com o padrão (se é que dá para chamar assim)
internacional. Se não existe "living street" no Brasil, não se mapeia
"living street" no Brasil. Eu acho mais adequado reservar esse termo para
ruas em que pedestres tenham a preferência. Quem sabe quando o país evoluir
elas passem a existir?

No item 4 você deve notar que a seta que sai da caixa "Só 1 faixa por
> sentido" e leva a trunk e motorway é a seta "Não", o que implica 2 ou
> mais faixas. Eu tenho a impressão que a sua lógica vai tornar o
> fluxograma mais complexo e sem benefícios aos usuários do mapa (eles
> saberão que trunk é usado em n casos diferentes mas não saberão qual
> dos casos é). No final do seu texto eu fiquei confuso se você acha que
> trunks e motorways devem todas possuir pelo menos 2 faixas ou não.
>

Sim, todas as trunk e motorways devem possuir pelo menos 2 faixas por
sentido. Além disso, devem também possuir uma divisão física entre os dois
sentidos (canteiro central ou coisa parecida). Há muitas estradas em
regiões rurais de serra que possuem 3ª pista (2 faixas no sentido que sobe
e 1 faixa no sentido que desce), e que são primary. Pelo fluxograma,
deveriam ser trunk, o que estaria errado. Sugeri inverter o sentido da
pergunta e inverter a resposta, para poder adicionar a restrição de divisão
física entre os sentidos da via (canteiro central). No fluxograma, o
canteiro central diferencia motorway de trunk, o que não está correto
(deveria diferenciar as duas do resto).

>
> No item 5 eu concordo com um critério mais específico sobre "o que é
> acostamento", talvez possamos estabelecer uma largura mínima, o que
> você acha? Seria legal descobrir se o DNIT tem essa especificação em
> algum lugar.
>
> Acho que não devemos ir só pela classificação do DNIT. Existe rodovia com
"acostamento" de meio metro, o que beira o ridículo. Para que seja
considerada primary, deve ser possível parar o carro sem interromper o
trânsito. Creio que esse deva ser o critério. Ao invés de definir uma
largura em metros, faz mais sentido definir um critério prático. Pode até
se colocar um indicativo de largura para ajudar a decidir, mas sem muita
rigidez: "Mais de 1 faixa por sentido ou acostamento largo o suficiente
para estacionar um carro (cerca de 2m ou mais)"


> No item 6 todas as caixas que possuem vários itens (isso inclui a
> primeira caixa e também a caixa que distingue motorway de trunk)
> significam que todos os critérios têm que ser satisfeitos para seguir
> pelo lado "Sim" do fluxo. Se um deles não for satisfeito, é "Não".
> Realmente é melhor escrever isso no wiki, pra deixar claro, ou até
> mesmo mudar o texto no gráfico.  Me parece que mudar para "velocidade
> permitida" seria um problema porque que nessas vias geralmente não há
> sinalização de velocidade (pelo menos em Porto Alegre quase não há).
> Eu discordo de eliminar esse item porque senão você poderia acabar
> tendo uma via residencial de 2km de comprimento, fácil de trafegar,
> ampla, sem obstáculos, e ela seria considerada "inferior" a outras
> terciárias que são muito mais difíceis de trafegar (e muito
> provavelmente menos importantes).
>

Ok, entendi. Acho que o "E" deve estar explícito no fluxograma.

>
> Existe um problema em definir "quando" essa discussão está madura. Há
> semanas ninguém mencionava qualquer coisa sobre ela. Há pouco alguém
> disse que concordava com o meu ponto de vista original (que a
> classificação deveria seguir a hierarquia administrativa), que é como
> as outras comunidades têm feito pelo mundo. Ou seja, acho que sempre
> haverão posições divergentes. Eu tenho me esforçado para extrair o
> consenso, mas não é possível fazer isso se as pessoas não
> participarem. Eu criei uma enquete no fórum sobre diferenças entre
> motorway e trunk e absolutamente ninguém respondeu até agora.
>
> Essa discussão existe há anos. Os critérios eram bem piores do que são
agora. O fluxograma ajuda bastante, mas acho que ainda está com algumas
falhas, que podemos corrigir. Essa é uma discussão importantíssima e acho
que ainda é cedo para fechar a questão. Depois de concordarmos com a
estrutura teórica do fluxograma, ele deve ser testado em alguns lugares e o
resultado avaliado antes de recomendar o seu uso generalizado.


> Então, Flávio, como já passou um certo tempo e já trocamos mais de 150
> mensagens a respeito e no final ninguém mais discordou, eu vou tentar
> encaixar as suas observações no fluxograma SE elas não o tornarem mais
> complexo do que já está (para facilitar para os iniciantes) E se
> parecerem úteis a mais pessoas E não houverem posições contrárias. Uma
> coisa que você pode fazer é baixar o fonte do fluxograma (o link está
> lá no fórum: http://forum.openstreetmap.org/viewtopic.php?id=21275),
> alterá-lo e compartilhar conosco para que possamos dar as nossas
> opiniões também. Se você não mexer com o yEd você pode até fazer um
> rascunho por cima (com algo como o Paint) que se houver apoio eu mudo
> no fluxograma depois.
>

Já baixei o fluxograma e o yEd. Vou tentar ajustar alguns dos pontos que
mencionei. O que faço com o arquivo após a edição (tem algum lugar especial
para fazer um upload)?

>
> 2013/6/19 Nelson A. de Oliveira <naoliv em gmail.com>:
> > Flavio,
> >
> > 2013/6/19 Flavio Bello Fialho <bello.flavio em gmail.com>:
> >> Antes de mais nada, devo dizer que o fluxograma está muito bom, de forma
> >> geral. Há, contudo, alguns aspectos que ainda podem ser aperfeiçoados:
> >
> > A última versão seria esta: http://i.imgur.com/ih2G92Y.png
> > Ela já contempla vários aspectos que você citou e acredito que esteja
> > muito boa para classificar a grande maioria das vias.
> >
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> "The speed of computer chips doubles every 18 months." (Moore's law)
> "The speed of software halves every 18 months." (Gates' law)
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